Justiça converte prisão e João de Deus volta a cumprir pena em regime fechado
A denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça de Abadiânia, cita 44 vítimas, mas, como a maioria dos crimes está prescrito, as mulheres aparecem como testemunhas.
A Justiça decidiu converter a prisão domiciliar do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, para o regime fechado após denúncia do Ministério Público de Goiás, que o acusa de cometer o crime de estupro de vulnerável contra oito mulheres. O mandado de prisão foi cumprido nesta última quinta-feira (27/8).
A denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça de Abadiânia, cita 44 vítimas, mas, como a maioria dos crimes está prescrito, as mulheres aparecem como testemunhas. Todos os casos aconteceram na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, segundo o MP.
A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça Luciano Miranda Meireles, que coordenou a força-tarefa do Ministério Público de Goiás no fim de 2018 para apurar os crimes praticados por João de Deus —o caso, com o relato de vítimas, foi exibido pela primeira vez no programa Conversa com Bial, da Globo.
Também participaram da investigação os promotores Paulo Eduardo Penna Prado, Gabriella de Queiroz Clementino e Renata Caroliny Ribeiro e Silva. Segundo eles, os crimes de João de Deus aconteceram entre 1986 e 2017 contra mulheres do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo.
João de Deus foi preso em dezembro de 2018 e estava em prisão domiciliar em Anápolis (GO), desde março do passado, em razão da pandemia do coronavírus —o médium, de 79 anos, tem comorbidades e está dentro do grupo de risco.
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