IBGE: chance de um homem baiano de 20 anos chegar aos 25 é 15 vezes menor do que a de uma mulher
IBGE: chance de um homem baiano de 20 anos chegar aos 25 é 15 vezes menor do que a de uma mulher
Um homem de 20 anos, que more na Bahia, tem chance 15 vezes menor do que uma mulher, de mesma idade e moradora do mesmo estado, de sobreviver até os 25 anos. A estimativa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de 2019 dos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais; das Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis; e dos Tabelionatos de Notas.
A pesquisa aponta que os homens morrem mais do que as mulheres por causas externas ou violentas em quase todas as faixas etárias pesquisadas, dos 0 aos 84 anos. Isso só muda a partir dos 85 anos, quando as mulheres passam a morrer mais por causas externas.
A maior diferença entre os sexos está na linha de 20 a 24 anos de idade. Nessa faixa, em 2019, enquanto 1.763 homens no estado morreram por causas externas ou violentas, 115 mulheres tiveram o mesmo destino. Ou seja, 15 homens de 20 a 24 anos morreram por causas externas/violentas para cada mulher na mesma faixa etária. Dito de outra forma, na Bahia, um homem de 20 anos tem 15 vezes mais chances de não chegar aos 25 do que uma mulher.
A média de todo o Brasil também aponta divergências entre os gêneros, ainda que menores do que na Bahia. A cada mulher morta de forma violenta nessa faixa etária, 9,5 homens foram a óbito. Assim, um indivíduo brasileiro do sexo masculino de 20 anos teria, aproximadamente, 10 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que um indivíduo do sexo feminino.
MORTES VIOLENTAS
Os números divulgados nesta quarta-feira (9/12) apontam, entretanto, que o número de mortes de homens entre 15 e 24 anos de idade por causas externas ou violentas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.) caiu pelo segundo ano consecutivo na Bahia. Foram 2.934 em 2019, contra 3.260 em 2018 - uma redução de 8,5%, ou menos 272 mortes em um ano.
Mesmo com a redução, a quantidade de vidas jovens perdidas fez com que o estado se mantivesse como líder nacional no ranking pelo quarto ano seguido. Em segundo lugar ficou o estado de São Paulo, onde as mortes dessa natureza têm caído desde 2015, chegando a 2.433 em 2019.
A média nacional também aponta retração: o número de jovens do sexo masculino mortos por causas violentas caiu de 24.031 para 20.436. Isso significa 3.595 mortes a menos que 2018, ou -15%. Apenas Amazonas (de 406 para 453, mais 47 mortes ou +11,6%) e Amapá (de 147 para 161, mais 14 mortes ou +9,5%) registraram aumentos nessa estatística.
DÉCADA
Como houve queda apenas nos últimos dois anos, uma análise da década compreendida entre 2009 e 2019 consolidou a Bahia com o maior aumento absoluto no número de homens jovens mortos por causas externas. Em 2019, foram 787 a mais do que em 2009, aumento de quase 37%.
Por outro lado, o Brasil mostra queda no período. A média do país foi reduzida de 24.340 em 2009 para 20.436 em 2019 (-16,0%), com recuos em 16 dos 27 estados. Os maiores aumentos percentuais na comparação com 2009 ocorreram no Amazonas (de 204 para 453 mortes, +122,1%), em Roraima (19 para 36, +89,5%) e no Amapá (91 para 161, +76,9%).
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