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Queiroz admite esquema de 'rachadinhas' ao MP, mas diz que Flávio Bolsonaro não sabia do acordo

Queiroz admite esquema de 'rachadinhas' ao MP, mas diz que Flávio Bolsonaro não sabia do acordo

Por Da Redação

Queiroz admite esquema de 'rachadinhas' ao MP, mas diz que Flávio Bolsonaro não sabia do acordoredes sociais

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz admitiu, por escrito, ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que acontecia “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), mas negou o envolvimento do deputado Flávio Bolsonaro, para quem trabalhava na época. As informações foram divulgadas pela CNN nesta quinta-feira (25/11).


O esquema consistia em empregar pessoas no gabinete do filho de presidente e pegar parte do salário delas de volta. A explicação dada por Queiroz ao MP consta em uma petição anexada ao processo que tramita no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio.  


No documento, diz que ele “admitiu que havia um acordo pelo qual os assessores por ele indicados para ocupar cargos no Gabinete haveriam de lhe entregar parte de seus vencimentos. [...] Tal acordo teria sido realizado sem consulta ou anuência do então Deputado Estadual nem de seu Chefe de Gabinete, valendo-se da confiança e da autonomia que possuía”. 


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No entanto, para os promotores, após a análise da evolução patrimonial de Flávio e da mulher dele, Fernanda Antunes Bolsonaro, a justificativa apresentada pelo ex-assessor parlamentar de Flávio foi considerada fantasiosa. "Não é crível que o referido assessor houvesse arrecadado milhões de reais em repasses de assessores da Alerj, ao longo de mais de dez anos, sem que seus superiores tivessem conhecimento do fato e nem auferido qualquer vantagem do ilícito praticado”, diz o documento.


Em denúncia enviada à Justiça, os promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) também apontam que o filho do presidente sabia do esquema. "Flávio Bolsonaro é o líder da organização criminosa e integrante do núcleo político, que nomeava determinadas pessoas, previamente aderentes ao intento delitivo, para diversos cargos comissionados na Alerj, geralmente ‘funcionários fantasmas’, que não exerciam de fato as funções públicas, com o único propósito de ‘emprestarem’ seus dados qualificativos e contas bancárias para permitir o desvio dos recursos em troca de um percentual desses valores”, consta na denúncia. 


CONVERSA


A denúncia cita uma conversa encontrada no celular de Queiroz com Danielle Mendonça da Costa, uma das funcionárias “fantasmas” do gabinete de Flávio Bolsonaro. “Boa noite, amiga. Estou de férias e não paguei seu contracheque. Você pode me informar o valor que foi depositado esse mês para eu prestar a conta”, escreveu.


Para o MP, essa prestação de contas seria com algum dos superiores do ex-assessor. Apesar de os promotores terem conseguido rastrear pelo menos 12 funcionários fantasmas, apenas Luiza Souza Paes, que consta como uma das ex-assessoras do gabinete de Flávio Bolsonaro, admitiu em depoimento aos investigadores que devolvia parte de seus vencimentos à organização criminosa.


A defesa de Flávio Bolsonaro informou a CNN que não irá se manifestar, pois o processo está sob sigilo.


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