Erro de piloto e mau tempo provocaram acidente que matou Gabriel Diniz, diz relatório da FAB

A queda do avião que provocou a morte do cantor Gabriel de Diniz, 28 anos, foi provocada por condições meteorológicas adversas e a indisciplina dos pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias, que também morreram.

A informação foi divulgada na quinta-feira (29/10) pela Força Aérea Brasileira (FAB), por meio de um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A aeronave caiu no Povoado Porto do Mato, no município de Estância, em Sergipe, em maio de 2019, ficando completamente destruída. Piloto e os passageiros sofreram lesões fatais e morreram no local.

Conforme o documento, a Piper Cherokee PT-KLO, fabricada em 1974, que transportava o sertanejo, não estava equipada com radar meteorológico e não era certificada para voar sob Regras de Voo por Instrumentos, ou autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a operar sem Condições de Voo Visual.

Além disso, segundo o Cenipa, os profissionais tomaram atitudes consideradas erradas durante a operação da aeronave, pois não avaliaram adequadamente os parâmetros para a operação e optaram por prosseguir com o voo, apesar das condições meteorológicas desfavoráveis.

O fato de "transportar um artista que possuía compromissos familiares no destino tornou-se um dado relevante para a tomada de decisão, em detrimento a relevantes aspectos relativos à manutenção da segurança da operação", apontou o laudo. 

Linaldo Xavier tinha 83h50 de experiência de voo e possuía licença de Piloto Privado Avião, em curso realizado no Aeroclube de Alagoas, em 2017, e estava com a habilitação de Avião Monomotor Terrestre válida. Ele era qualificado apenas para realizar o voo em rota em condições estritamente visuais.

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