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Auxílio emergencial reduziu a pobreza em 23%, diz estudo; Nordeste teve a maior queda do país

Auxílio emergencial reduziu a pobreza em 23%, diz estudo; Nordeste teve a maior queda do país

Por Da Redação

Auxílio emergencial reduziu a pobreza em 23%, diz estudo; Nordeste teve a maior queda do país arquivo/Agência Brasil

De acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (9/10), 15 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza até agosto de 2020, uma queda de 23,7%, graças ao auxílio emergencial. Os dados são do estudo Covid, Classes Econômicas e o Caminho do Meio: Crônica da Crise até Agosto de 2020, pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social),


A comparação é feita com os dados fechados de 2019. De acordo com a definição usada pela FGV, a pobreza é caracterizada pela renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50). Segundo o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, apesar de o país ainda registrar 50 milhões de pobres após esta queda, este é o nível mais baixo de toda a série estatística.


A redução de pobreza chegou a 30,4% na Região Nordeste e a 27,5% no Norte do país. No Sul, a redução foi de 13,9%; no Sudeste de 14,2% e no Centro-Oeste a queda na pobreza chegou a 21,7%. Segundo a FGV Social, essas regiões têm maiores parcelas do público-alvo do Auxílio Emergencial. 


MERCADO DE TRABALHO


Por outro lado, Neri disse que as camadas com renda acima de dois salários mínimos per capita perderam 4,8 milhões de pessoas na pandemia e os dados do mercado de trabalho demonstram forte retração.


Com a queda no topo e a subida na base das classes de renda, as camadas intermediárias tiveram um aumento de 21,4 milhões de pessoas, o que equivale à quase metade da população da Argentina. Neri lembra que a diminuição na pobreza é temporária e tende a ser totalmente revertida após o fim do auxílio emergencial.


A pesquisa aponta também que ainda não foram definidos novos programas sociais para contornar a crise atual, bem como há “cicatrizes trabalhistas de natureza mais permanente abertas pela crise”. Além disso, a questão sanitária preocupa, já que o segmento mais pobre, público alvo do auxílio emergencial, tem taxas mais baixas de isolamento social, o que indica o impedimento das pessoas mais pobres em conseguirem exercer “ações mais ajustadas às necessidades impostas pela pandemia”.


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