Atos de vandalismo em Salvador geram prejuízo de quase R$ 2 milhões aos cofres públicos em 2020

De janeiro até esta quarta-feira (23/9), quase R$ 1,7 milhão foi gasto pela Prefeitura de Salvador apenas para recuperar estruturas e mobiliários depredados por vândalos. O valor já é maior do que a quantia necessária para construir um posto de saúde - a unidade localizado no Jardim Campo Verde, no Ceasa, e inaugurado em agosto deste ano, custou R$ 1,2 milhão.

TRANSPORTE 

A maior parte do dinheiro é destinado aos transportes. Desde janeiro até agosto passado, a Secretaria de Mobilidade (Semob) contabilizou 41 abrigos de ônibus vandalizados na cidade. Os danos a essas estruturas causaram prejuízos de R$ 900 mil. 

O Elevador Lacerda também foi alvo de vandalismo e teve os cabos de cobre do sistema de para-raios e aterramento, da fiação do sistema de refrigeração e das torres de maquinário roubados. Os gastos para conserto e recomposição desses materiais, segundo a Prefeitura, foram de R$ 210 mil.

Ocorrências similares também foram constatadas no Plano Inclinado Pilar, que liga a Rua do Pilar (Comércio) ao bairro de Santo Antônio Além do Carmo. Lá, foram roubados mobiliários da administração do espaço, fiação, disjuntores da rede elétrica e peças do motor. O custo calculado para reparação foi de R$ 24 mil. No Plano Inclinado Liberdade/Calçada houve pichações, arrombamento das cabines e roubo de fiação, provocando despesa de R$ 12 mil.

LUZ

Outro setor que sofre com a depredação é a iluminação pública. De janeiro a agosto, o gasto com reposição de cabos e luminárias já somavam R$ 280 mil. De acordo com a Diretoria de Iluminação Pública de Salvador (Dsip), vinculada à Secretaria de Ordem Pública (Semop), as principais ocorrências de vandalismo são nas passarelas, fontes luminosas, viadutos e praças.

Este ano, oito indivíduos foram presos em flagrante furtando cabos do circuito de iluminação pública, sendo dois na região da Avenida Luiz Viana Filho (Paralela), um no Campo Grande, três na Avenida ACM e dois na Boca do Rio.

PRAÇA

A Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal) já estima gastos de R$ 25 mil por mês, investidos na recuperação de praças públicas vandalizadas. Desde janeiro, cerca de 100 espaços já sofreram algum tipo de depredação. 

Na unidade de Cosme de Farias, alguns dos equipamentos da academia de saúde chegaram a ser arrancados. Também houve danos nos brinquedos do parque infantil e pichação no busto que dá nome ao bairro. A Praça Lord Cochrane, na Avenida Garibaldi, foi outra área prejudicada com pichações.

SEMÁFOROS

Somente nos primeiros oito meses deste ano, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) já recuperou oito semáforos danificados em atos de vandalismo. A principal ocorrência é o roubo dos cabos dos equipamentos, um prejuízo que já custou R$ 72 mil aos cofres do município.

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