Pesquisa indica que boa parte das classes A e B da população solicitou auxílio emergencial; 69% conseguiram
Pesquisa indica que boa parte das classes A e B da população solicitou auxílio emergencial; 69% conseguiram
Uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e obtida pela revista valor, mostra que um terço das famílias das classes A e B solicitou o auxílio emergencial do governo federal nos últimos meses. Desse total, 69% foram aprovadas, o que significa que 3,89 milhões das famílias mais ricas da população brasileira têm algum membro recebendo o benefício destinado a ajudar algumas categorias durante a pandemia de coronavírus.
Essa parcela da população tem renda superior a R$ 1.780 mensais por pessoa, sendo que, um dos critérios legais para obter o benefício é ter renda de até R$ 522,50 por pessoa, ou renda familiar mensal de até R$ 3.135. Segundo o Instituto, para burlar as regras do programa, membros dessas famílias de classes mais altas estão omitindo a renda familiar no cadastro da Caixa Econômica Federal.
Conforme o presidente e fundador da instituição, Renato Meirelles, em entrevista, aqueles que receberam o auxílio de forma irregular, não se consideram fraudadores do programa. Segundo ele, alguns alegaram que "sempre pagaram os impostos e nunca tiveram nada em troca do governo" e, outros, que "a crise está difícil para todo mundo".
No entanto, solicitar e receber o auxílio emergencial com informações falsas pode tipicar crime de falsidade ideológica e estelionato. O Ministério da Cidadania já informou, por meio de nota, que aqueles que burlarem a legislação precisarão ressarcir os cofres públicos dos valores recebidos indevidamente, além de sanções civis e penais.
Para a pesquisa, 2.006 pessoas de 72 cidades do Brasil foram ouvidas, no período de 20 a 25 de maio, em uma amostra representativa da população nacional. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais, ou para menos.
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