Ronaldinho Gaúcho fala pela primeira vez após prisão: "golpe muito duro"
Ronaldinho Gaúcho fala pela primeira vez após prisão: "golpe muito duro"
Desde que seu pedido de prisão domiciliar foi aceito, Ronaldinho Gaúcho passa seus dias em um hotel de luxo ao lado do irmão, Assis, e dos funcionários do local. Matéria publicada nesta segunda-feira (27/4) pelo jornal Extra, traz entrevista do ex-jogador, que está detido no Paraguai há quase dois meses. "Foi um duro golpe, nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Durante toda a minha vida, procurei alcançar o mais alto nível profissional e alegrar as pessoas com o meu futebol".
Ronaldinho e o irmão são investigados pela justiça paraguaia por entrarem no país utilizando documentos falsos. O brasileiro falou à TV paraguaia ABC sobre os motivos que o levaram ao Paraguai: "Tudo o que fazemos é feito sob contratos gerenciados por meu irmão, que é meu representante. Nesse caso, participamos do lançamento de um cassino online, conforme especificado no contrato, e do lançamento do livro "Craque da Vida", organizado com a empresa no Brasil que tem o direito de explorar o livro no Paraguai."
Por causa da pandemia do novo coronavírus, Ronaldinho e Assis são os únicos hóspedes do hotel em Assunção. Do saguão, o ex-astro afirmou que ficou "totalmente surpreso" quando descobriu que os documentos com os quais haviam entrado no Paraguai não eram legais:
"Desde então, nossa intenção tem sido colaborar com a justiça para esclarecer o fato, como temos feito desde o início. Desde esse momento até hoje, explicamos tudo e fornecemos o que a justiça solicitou de nós", acrescentou.O ex-jogador, de 40 anos, deu entrevista de máscara e mantendo o distanciamento dos jornalistas, como recomendam as autoridades de saúde, mas tirava a poteção da boca sempre que respondia uma pergunta.
Antes de se mudarem para o hotel, os irmãos passaram um mês na penitenciária Agrupación Especializada, na capital paraguaia. Ronaldinho falou sobre esse período e sua convivencia com os outros presos.
"Todas as pessoas com quem eu tive a oportunidade de compartilhar na Agrupación me receberam com bondade: jogando futebol, autógrafos, fotos, faz parte da minha vida e não tenho motivos para parar de fazê-lo, ainda mais com pessoas que estão passando por um momento difícil, como eu."
O ex-astro da seleção brasileira e de clubes europeus agracedeu o "carinho e respeito" que recebeu do povo paraguaio. Ele revelou, ainda, a primeira coisa que ele quer fazer se for solto: "Beijar minha mãe, que vive esses dias difíceis desde o início da pandemia de Covid-19, em casa. Depois quero absorver o impacto que isso gerou, e seguir e frente com forçae fé", disse.
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