Economia deve crescer ligeiramente no terceiro trimestre, diz Copom
Economia deve crescer ligeiramente no terceiro trimestre, diz Copom
Após expansão acima do esperado no segundo trimestre, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) estima que a economia deve apresentar ligeiro crescimento no terceiro trimestre. Essa é a conclusão do Copom, na ata da última reunião, divulgada nesta terça-feira (24/9).
?Os trimestres seguintes devem apresentar alguma aceleração, que deve ser reforçada pelos estímulos decorrentes da liberação de recursos do FGTS e PIS-PASEP ? com impacto, em especial, no último trimestre de 2019?, disse o comitê. Ao excluir os efeitos desses estímulos temporários, o Copom acredita que o crescimento da economia será gradual.
Na última quarta-feira (18/9), o Copom decidiu reduzir a Selic mais uma vez em 0,5 ponto percentual, para 5,5% ao ano.
AJUSTE ADICIONAL
No documento divulgado hoje, o Copom indica que a ?consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional? na taxa Selic. Entretanto, o comitê destacou que os próximos passos na definição da Selic ?continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação?.
Segundo o comitê, as projeções de curto prazo do mercado financeiro indicam que a inflação acumulada em 12 meses deve recuar nos próximos meses e retornar, ao final do ano, para níveis próximos aos observados até agosto. ?Essa trajetória de curto prazo reflete, dentre outros fatores, comportamento benigno de alguns componentes mais voláteis da inflação e dinâmica da inflação importada, cujos vetores altistas têm sido moderados pela trajetória de preços externos?. E a previsão para a inflação em 2020 está abaixo da meta de 4%.
No cenário com trajetórias para a taxa de juros em 5% ao ano no fim de 2019 e câmbio em R$ 3,90, e manutenção desses patamares em 2020, a inflação deve ficar em 3,3% em 2019 e 3,6% no próximo ano.
REFORMAS
Na ata, o Copom reiterou ?a importância de continuidade da agenda de reformas e de perseverança nos ajustes necessários na economia brasileira?. ?Avaliaram também que, não obstante o cenário externo ter se mantido relativamente favorável para a condução da política monetária em economias emergentes, o risco de cenários adversos para ativos de risco parece ter se intensificado?, acrescentou.
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