"Fiquei agoniado com a situação já que queriam me agredir", diz motorista que teria surtado em ônibus
"Fiquei agoniado com a situação já que queriam me agredir", diz motorista que teria surtado em ônibus
O condutor do ônibus do Consórcio Integra que, aparentemente, surtou durante uma viagem na noite da quarta-feira (19/6), em Salvador, explicou hoje (21/6), em entrevista exclusiva ao programa da TV Aratu, Ronda, o que teria acontecido.
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A situação ocorreu dentro do coletivo de número de ordem 10146, que fazia a linha Alto do Coqueirinho/Mussurunga. Havia muita gente no veículo e alguns passageiros pediam para que o motorista não parasse nos pontos.
"O excesso de passageiros no terminal Estação Mussurunga, elevou o desespero do pessoal. No segundo ponto, eles obrigaram a levar o coletivo direto e não temos essa recomendação da empresa, a nossa obrigação é tentar levar todos com segurança e parar nos pontos", contou o motorista à repórter Lorena Dias, que preferiu não ser identificado.
Ele continuou, falando que o pessoal estava nervoso e pressionando para que ele não parasse nos pontos. "Começaram a me pressionar, me agredir verbalmente e me ameaçar, então abrir a porta do meio para que os passageiros pudessem descer e tentar amenizar a situação", disse. O motorista ainda contou que um policial militar disse estar armado e que passageiros induziram para que ele atirasse, mas o homem falou que não ia perder a razão.
O rodoviário disse trabalhar há 10 anos como motorista de ônibus e que sempre passa por essas situações. "Já fui agredido vários vezes verbalmente e fisicamente, não somos valorizados pelos passageiros", e completou dizendo que "ser rodoviário hoje, não é para qualquer um."
O Diretor de Comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, também falou sobre o ocorrido, ratificando que o condutor do ônibus não havia surtado. "Não houve surto nenhum., apenas a preservação da vida de todos, já que as pessoas se aglomeraram na área onde o fica o motorista e os passageiros.. Não dá para a população pressionar o homem no volante a ponto de ceifar vidas". Ele também fez um apelo às autoridades: "fazemos um apelo para prefeitura e os empresário para que se faça uma campanha de parcimônia entre motoristas e passageiros."
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