Curso técnico de restauração é oferecido de forma gratuita na Bahia
Curso técnico de restauração é oferecido de forma gratuita na Bahia
Restaurar é um trabalho detalhista e que demanda muita dedicação, mas o investimento em um curso para se tornar restaurador, quase sempre, não é acessível para quem deseja seguir nessa carreira. O que muitos não sabem, contudo, é que há a possibilidade de se qualificar e ingressar na profissão de forma gratuita, na Bahia.
Primeiro e único de toda a rede estadual de ensino, o curso técnico de conservação e restauro é oferecido pelo Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Apoio Educacional e Tecnologia da Informação ? Isaías Alves (antigo ICEIA), no bairro do Barbalho, em Salvador, por meio do programa Educar para Transformar. Por lá, os alunos aprendem técnicas para restauração e reparo de telas, documentos e obras.
“É um curso muito caro na rede privada, então, ter essa oferta gratuita, pelo estado, já é um grande avanço e diferencial”, destaca a diretora do Iceia, Maribel Costa Silva. A inscrição é feita pelo site da Secretaria da Educação do Estado da Bahia e as vagas são preenchidas por sorteio eletrônico.
Maribel explica que quando o curso foi criado, em 2015, a formação durava dois anos e graduava cerca de dez profissionais. Atualmente, a duração é de um ano, com aulas nos turnos matutino e noturno, capacitando ainda mais pessoas.
Um dos beneficiados foi Alceu Menezes, 36 anos, hoje também professor no Centro. Ele contou que sempre trabalhou com isso de forma informal e soube da oportunidade por meio de uma amiga. “Me inscrevi, corri atrás e meu interesse chamou a atenção do professor. No ano passado, surgiu o convite para dar aula. Cheguei onde estou por causa do curso”, disse Alceu, também formado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde, inclusive, atua com a reparação de livros raros.
Sobre um dos maiores desafios do restauro – recuperar as características originais, sem alterar o traço do artista que criou as peças -, Alceu explica que isso pode influenciar no tempo de trabalho. “Depende muito do diagnóstico e do desgaste da peça, o que pode levar de uma semana a três meses. Tem que ser paciente”.
EXPOSIÇÃO
Dentro do próprio CEEP, onde as aulas acontecem, existe uma série de obras que funcionam como material de trabalho. É o caso do Salão Nobre, onde aconteciam festas de formatura e onde também está exposta uma galeria com quadros que retratam antigos professores e diretores. Muitas dessas telas já estão sendo restauradas pelos estudantes do curso.
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