Mãe e filho confessam morte de porteiro em Itapuã, mas são liberados pela polícia
Mãe e filho confessam morte de porteiro em Itapuã, mas são liberados pela polícia
O mistério envolvendo o porteiro Claudemir Nova acabou. Nesta sexta-feira (1/2), Polícia Civil informou oficialmente que a ex-mulher e o ex-enteado da vítima se apresentaram na delegacia, alegando legítima defesa. O homem foi encontrado morto no bairro de Itapuã, em Salvador, no dia 21 de janeiro, após oito dias desaparecido.
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De acordo com as informações iniciais, mãe e filho, que não tiveram suas identidades reveladas, estiveram no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na quarta-feira (30/1), mesmo dia em que aconteceu o enterro de Claudemir. Eles declararam que mataram o porteiro para se defender por ameaças que estariam sofrendo.
Após os depoimentos, o delegado decidiu que dupla não seria presa, pelo menos nesse primeiro momento. Ainda não há detalhes sobre as circunstâncias da morte de Claudemir, mas os laudos realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) apontam que a vítima foi morta com pelo menos uma facada. Suspeita-se que o porteiro tenha sido sedado.
Oficialmente a polícia não fala, mas suspeita-se que o trio entrou em luta corporal e o rapaz acabou sendo assassinado. O corpo dele teria sido enrolado e abandonado durante a madrugada do dia do crime.
CASO
Segundo testemunhas, o homem teria passado na casa da ex-companheira no dia 20 de janeiro para ?buscar umas coisas? antes de ir trabalhar, mas não chegou ao local, um condomínio localizado na orla de Salvador.
Colegas estranharam o ?sumiço? do porteiro por alguns dias seguidos e iniciaram as buscas em hospitais e delegacias, já que Claudemir não atendia ao telefone. Após oito dias sem dar notícias no local onde trabalhava, todos resolveram ir atrás de notícias e identificaram o corpo no IML de Salvador.
O enterro do porteiro, que foi encontrado a 100 metros da antiga casa, aconteceu na tarde de quarta-feira (30/1), no Cemitério de Pirajá, em Salvador.
Sem filhos, Claudemir era natural do município de Jequié, no sudoeste da Bahia. O seu único parente de primeiro grau era seu pai, que o porteiro não via há dez anos. O idoso, inclusive, foi o único familiar presente no cemitério. ?Sou amigo dele há 10 anos, ele era muito tranquilo, trabalhador, nunca se envolveu com nada ilícito, nunca se envolveu em nenhuma confusão, nunca faltou ao trabalho!?, disse um dos amigos do porteiro, sem se identificar.
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