Retrô 2018: os “mitos” políticos se opõem na prisão e na presidência; relembre
Retrô 2018: os “mitos” políticos se opõem na prisão e na presidência; relembre
Tudo que os brasileiros querem, do ponto de vista da política, é dizer “adeus ano velho, feliz ano novo”. Dois mil e dezoito não foi fácil: de “mito” condenado a “mito” eleito, o país viveu meses de grande turbulência, cuja repercussão deverá se estender para além de 2019. O Aratu Online lança, nesta quinta-feira (27/12), a segunda das três reportagens da retrospectiva 2018. Todas possuem temas diferentes: celebridades, política e notícias em geral.
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Enquanto 1º de janeiro não chega, elencamos os acontecimentos políticos mais marcantes para te convencer a vestir a camisa verde e amarela não só em ano de eleições — ou na Copa do Mundo.
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JANEIRO
Em 24 de janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerado inelegível após julgamento em segunda instância. A condenação do petista aconteceu em julho de 2017. Mesmo assim, o Partido dos Trabalhadores (PT) travou a pré-candidatura dele como postulante ao cargo de Presidente da República. A defesa do Lula solicitou habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça, que negou o pedido.
FEVEREIRO
O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi acusado de ter recebido R$ 82 milhões em propina e caixa 2. Em 26 de fevereiro, o petista foi um dos alvos das buscas feitas pelas Polícia Federal, durante a Operação Cartão Vermelho.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região encontrou indícios de que licitações da Arena Fonte Nova foram direcionadas para beneficiar o grupo Odebrecht e a empreiteira OAS, além de apontar o desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro e superfaturamento. O caso segue em processo.
No mesmo mês, Michel Temer para decretou, no dia 16, uma intervenção federal no estado do Rio de Janeiro. Temer chegou a discutir a situação da cidade com demais autoridades e chegou à conclusão de que não havia outra alternativa para a segurança pública senão o controle pelas Forças Armadas.
MARÇO
Após mediar o debate ?Jovens Negras Movendo Estruturas?, na Casa das Pretas, centro do Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros, em 14 de março de 2018.
Além de matar a parlamentar, a sequência de tiros matou, também, o motorista do carro no qual estava. Uma assessora, que também estava no veículo, sobreviveu. A polícia segue com as investigações do Caso Marielle, mas ainda não consegue afirmar quem matou — ou mandou matar — a vereadora.
No dia 18, Vladimir Putin foi reeleito presidente da Rússia, pela quarta vez, pelos próximos quatro anos, com 76,69% dos votos.
Ainda em março, o sigilo bancário de Temer foi quebrado por ordem do Supremo Tribunal Federal, pela primeira vez na história de um chefe do Executivo. Tudo por causa de uma investigação sobre irregularidades encontradas no Decreto dos Portos, que analisa possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
ABRIL
Após rumores de que deixaria o Executivo municipal para se dedicar à candidatura para Governo do Estado, em 16 de abril, o prefeito de Salvador, ACM Neto, garantiu que permanece no cargo até o final do mandato e passou o apoio do democratas para o ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo.
No dia 7 de abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso para cumprir a pena de 12 anos e um mês, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Através de reformas em um triplex, Lula teria lavado a propina recebida de uma construtora beneficiada por contratos na Petrobras.
MAIO
O Supremo Tribunal Federal aprovou mudanças no foro privilegiado dos parlamentares. O foro é um privilégio que garante que a apreciação de processos que envolvem alguns ocupantes de cargos políticos seja realizado em instâncias específicas. Com a nova decisão, o foro é mantido, mas com algumas restrições: os parlamentares terão foro apenas quando o crime for cometido no exercício do mandato e que estejam relacionados ao cargo que ocupam.
JUNHO
Doze de junho de 2018 foi marcante para a política internacional. Os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte se encontraram pela primeira vez, em Singapura. A reunião, que ocorreu no auge das tensões nucleares entre os dois Estados, objetivou traçar um plano conjunto para criar estabilidade na península coreana, assim como dar os primeiros passos rumo a uma desnuclearização completa da região. Além disso, os dois presidentes demonstraram o desejo de firmar um diálogo entre seus países ? que não mantêm relações diplomáticas.
SETEMBRO
No dia seis de setembro de 2018, o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, sofreu um atentado enquanto fazia uma passeata em Juiz de Fora, Minas Gerais. O autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso e confessou o crime à Polícia Federal. Adélio Bispo de Oliveira também confessou ter pensado em comprar uma arma, porém desistiu da ideia pela dificuldade imposta pela legislação atual e pelo custo de adquirir um armamento.
OUTUBRO
Com a inelegibilidade de Lula, o ex-ministro Fernando Haddad assumiu o cargo de candidato oficial do PT. Contra Bolsonaro, o professor chegou até o segundo turno, acirrando ainda mais a disputa. A inexistência de debate tornou as redes sociais a plataforma principal do embate entre os presidenciáveis. Em 28 de outubro, com 55,13% dos votos válidos, o candidato do PSL ganhou em 16 estados brasileiros, enquanto Haddad (44,87%) saiu vitorioso em 11.
Após vencer a disputa eleitoral, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, utilizou o mês de novembro para organizar o governo. A tarefa inicial do capitão foi definir quais ministérios serão mantidos e quais serão extintos, já que durante as eleições Bolsonaro prometeu diminuir o número de pastas. O objetivo é passar dos 29 ministérios atuais para 15. Para isso, Bolsonaro criou os apelidados ?superministérios?, que unem pastas antigas em uma só.
DEZEMBRO
A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) iniciou dezembro aprovando o polêmico projeto da reforma administrativa, enviado pelo Executivo. Nem mesmo os fortes protestos de servidores do estado foi capaz de barrar a matéria.
O texto prevê o fim de estatais como a Sudic e CIS, além da possível extinção Conder, a redução em 50% do custeio do Planserv por parte do Estado e o aumento da alíquota de contribuição dos servidores para a previdência, dos atuais 12% para 14%.
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