Após incêndio, Museu Nacional reencarna na internet e ganha tour virtual
Após incêndio, Museu Nacional reencarna na internet e ganha tour virtual
Após ser destruído por um incêndio em setembro, o Museu Nacional do Rio ganhou uma reencarnação na internet nesta quinta-feira (13/12). A instituição, que funcionava no prédio bicentenário que já foi lar da Família Real, voltará a receber visitas guiadas.
Os interessados, porém, não precisam se deslocar até a Quina da Boa Vista, no Rio, e sim recorrer a celulares ou computadores, em que poderão rever desde o fóssil de Luzia, que com 11 mil anos é a mulher mais antiga das Américas, até o sarcófago de Sha-amun-en-su, que abriga a ‘Cantora de Amón’, mumificada há 2,7 mil anos, e nunca foi aberto.
O Museu Nacional é a 15ª instituição de arte brasileira a integrar o Google Arts & Culture, plataforma do Google voltada a reunir exposições dos maiores centros artísticos e culturais do mundo. O anúncio será feito no Rio em um evento em que o Museu Nacional divulgará novidades do processo de recuperação de peças resgatadas dos escombros do prédio.
No tour virtual, o visitante poderá percorrer os corredores do museu e ver o ambiente interno tal qual era antes do incêndio. Não poderá ver tudo, pois, das 20 milhões de peças que faziam do museu o quinto maior acervo do mundo, menos de 1% dessas obras estava exposta ao público.
O museu oferece um áudio explicativo para oito objetos de destaque. Além do fóssil de Luiza, há vasos Marajoara, que datam de 3 mil anos, múmias e sarcófagos, além de coleções de borboletas. Esses itens foram destruídos pelo fogo, mas o tour inclui ainda o Meteorito Bendegó, que resistiu ao incêndio.
O museu organizou ainda exposições online temáticas, como as sobre as culturas africana, mediterrânea, egípcia e indígena. Há ainda exibições de arqueologia pré-colombiana (com peças sobre a vida nas Américas pré-colonização), brasileira (que exibe utensílios usados por aqui há milhares de anos) e de paleontologia (com fósseis de tigre-dentes-de-sabre e preguiças gigantes a tartaruga fossilizada).
O incêndio que consumiu o museu é uma situação inédita para o Google, diz Chance Coughenour, gerente global de preservação história do Google Arts & Culture. São mais de 1,8 mil instituições dentro da plataforma, mas é a primeira vez que a exposição digital de um museu vai ao ar após o acervo físico ser destruído.
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