Brasil vai ter mais idosos do que crianças em 21 anos, segundo IBGE
Brasil vai ter mais idosos do que crianças em 21 anos, segundo IBGE
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) projetam que, a partir de 2039, o Brasil terá, em média, mais pessoas idosas (65 anos ou mais) do que crianças de até 14 anos. O estudo “Projeção de População”, divulgado nesta quarta-feira (25), indica que o primeiro estado a atingir essa inversão será o Rio Grande do Sul.
A projeção é feita com base no índice de envelhecimento da população, que é a razão entre os dois grupos etários. Atualmente, o indicador é de 43,2% de idosos com 65 anos ou mais para cada cem crianças de até 14 anos. Daqui a 21 anos, na média nacional, a estatística ultrapassaria os 100%.
Em 2040, a razão entre os dois grupos alcançaria aproximadamente 104%. A previsão do instituto é que haja um ritmo de elevação acelerado, chegando a cerca de 173% ao fim de 2060.
Tal comportamento se diferencia entre os estados, mas o RS destoa da média nacional, 101,72% de idosos para cada cem crianças de até 14 anos já em 2029. Rio de Janeiro e Minas Gerais devem atingir o mesmo patamar em 2033 e, sete anos depois, ficariam com 126,75% e 130,26%, respectivamente.
Os demais estados só alcançariam a marca nos anos seguintes. A relação inclui: Rio Grande do Norte (101,22%), Bahia (101,82%), Espírito Santo (105,29%), São Paulo (120,13%), Paraná (118,07%), Santa Catarina (119,38%) e Distrito Federal (107,19%).
Na projeção feita para 2060, segundo o IBGE, apenas Amazonas e Roraima ainda terão mais crianças de até 14 anos do que idosos.
População começa a cair a partir de 2047
A “Projeção de População” revela que o país tem, neste ano, 208.494.900 milhões de habitantes. Os pesquisadores calculam que o contingente continuará a crescer até 2047, quando deverá chegar a 233,2 milhões de pessoas.
Nos anos seguintes, estima o IBGE, a população começará a cair de forma gradual, até os 228,3 milhões em 2060. Daqui a 42 anos, de acordo com a projeção, um quarto dos brasileiros (25,5%) deverá ter mais de 65 anos, atualmente, os idosos representam pouco mais de 9% da população.
Em 2060, o país teria 67,2% de cidadãos considerados dependentes (acima dos 65 ou abaixo dos 15 anos) para cada cem pessoas em idade de trabalhar. A razão de dependência hoje é de 44%.
O IBGE verificou que a razão de dependência da população vinha caindo desde 2010 e chegou a atingir o seu melhor resultado no ano passado (44%). Já nos próximos dez anos, porém, a proporção deverá se igualar à realidade observada em 2010, quando o Censo calculou em 47,4%.
Expectativa de vida
Santa Catarina, que hoje tem a maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos (79,7 anos), deverá manter a liderança, chegando aos 84,5 anos em 2060.
No outro extremo, o Maranhão (71,1 anos) tem a menor esperança de vida ao nascer em 2018, condição que deverá ser ocupada pelo Piauí em 2060 (77 anos).
Já em relação ao país, a expectativa de vida atual é de 76,2 anos na média entre homens e mulheres e poderá chegar a 81 anos em 2060.
O estudo indica que as mulheres continuarão vivendo mais do que os homens. O indicador feminino, atualmente em 79,8 anos, chegaria a 84,2 anos; já o sexo oposto passaria de 72,7, em 2018, para 77,9, em 2060.
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