Militares e policiais federais são recebidos a tiros durante operação na Rocinha neste sábado
Militares e policiais federais são recebidos a tiros durante operação na Rocinha neste sábado
As Forças Armadas, a Polícia Federal e as polícias do Rio de Janeiro iniciaram uma operação para ocupar a Rocinha e outras três favelas da zona sul da capital fluminense, na manhã deste sábado (9/6). Militares e policiais foram recebidos a tiros na chegada à comunidade.
Esta é a primeira vez desde o início da intervenção federal no Rio, em fevereiro deste ano, que as Forças Armadas são mobilizadas para atuar na Rocinha. Encravada entre áreas nobres do Rio, a área que vem registrando tiroteios frequentes desde 2017, o que obrigou os moradores a mudar suas rotinas. “Agora temos hora para chegar: antes das 20h, todos têm de estar em casa”, disse uma mãe de família, que pediu para não se identificar.
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Segundo o Comando Conjunto da intervenção, além da Rocinha, a operação deste sábado abrange as favelas do Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade. Por volta das 6h, os soldados e os policiais entraram nas favelas com o apoio de blindados de transporte de tropas e de helicópteros. A ação provocou o fechamento de vias na região, entre elas a estrada Lagoa-Barra, uma das mais importantes do Rio.
Ao ver a chegada dos policiais, traficantes do Comando Vermelho soltaram fogos de artifício para avisar os colegas sobre a operação e dispararam do alto do morro contra a polícia. A resistência durou apenas alguns minutos, e os tiros pararam. O objetivo da ação é prender procurados, derrubar barricadas erguidas pelo tráfico e revistar pedestres e veículos. Pela primeira vez, policiais federais participam da operação. Eles cumprem mandados relacionados a investigações federais e não estão subordinados ao Comando Conjunto da intervenção.
A intervenção não divulgou o número de agentes que participam da operação, mas afirmou que a ação ocorre de forma articulada à ocupação da favela da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, iniciada na última quinta-feira (7/6). Segundo o Comando Conjunto, o efetivo total de ambas as operações é de 4.600 militares e mais de 700 policiais.
A ação também ocorre simultaneamente a um mutirão de ações sociais promovido pelo Gabinete de Intervenção Federal no bairro da Praça Seca, no qual militares oferecem serviços como atendimento médico e odontológico, confecção de documentos e orientação jurídica, entre outros. Esta também é a primeira vez que a intervenção coloca em prática em um mesmo dia todas as vertentes da estratégia de operações de “amplo espectro” –ou seja, ações de força armada em determinados pontos da cidade e ao mesmo tempo iniciativas sociais para ganhar a confiança da população em outra região.
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