Suspeito de matar criança em Camaçari já havia cometido outro caso parecido, diz delegada
Suspeito de matar criança em Camaçari já havia cometido outro caso parecido, diz delegada
O jovem J.S.S, de 17 anos, suspeito de estuprar e matar a criança Milena Alves, 10, já havia tentado abusar outra pessoa. A informação foi dada na manhã desta segunda-feira (21/5) durante entrevista dos delegados e do perito que investigam o caso. Participaram da coletiva o diretor do Departamento de Homicídios, José Bezerra, a titular da 4ª DH/RMS, Maria Tereza, e o coordenador do Departamento de Polícia Técnica (DPT/RMS), Ricardo Nery.
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J.S.S foi apreendido na noite de sábado (19/5) em Mata de São João momentos antes de se apresentar na unidade policial da área. A delegada confirmou aos jornalistas que o adolescente estava morando em Camaçari após tentar estuprar a esposa do seu primo, também na Região Metropolitana de Salvador. “Existe uma ocorrência na delegacia de Dias D’Ávila em que ele já havia cometido um ato infracional análogo à uma tentativa de estupro”, disse Tereza.
Já o perito responsável pelo caso explicou o que teria acontecido dentro da residência no momento do crime, ocorrido no final da tarde de quinta-feira (17/5). “O que podemos afirmar é que ela estava viva quando foi violentada. Houve lesões visualizadas e rompimento himenal. As vestes dele foram encontradas possivelmente com mancha de sangue. Estamos, inclusive, esperando os laudos, mas foram encontrados outros vestígios”, revelou Nery.
Ainda de acordo com as investigações, J.S.S entrou pelo telhado da casa da vítima por volta das 12h. Uma hora mais tarde, Milena chegou e foi surpreendida. A polícia contou que, depois do crime, o adolescente cobriu o corpo da vítima e ainda chegou a roubar um perfume e um sabonete. Logo em seguida, fugiu para Mata de São João.
O J.S.S completa maioridade no dia 31 de maio. Mesmo assim, ele vai responder como adolescente, podendo pegar até três anos de detenção. O caso, agora, está com o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O CASO
Segundo informações iniciais, a garota de dez anos foi morta, por asfixia, após ser estuprada dentro de sua residência, que foi invadida pelo agressor. Ela estava sozinha quando foi atacada, na tarde de quinta-feira (17/5), e o caso só foi descoberto, quando sua mãe chegou do trabalho, encontrando o corpo da filha.
Logo após o crime, dois vizinhos chegaram a ser detidos para averiguação, mas foram liberados, em seguida. Lucivaldo Júnior e Robenilson Sampaio disseram à equipe de reportagem do Aratu Online que a detenção foi uma questão de rotina da Polícia Militar, acionada horas depois do homicídio que chocou os moradores locais.
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Os dois rapazes informaram, no entanto, que um adolescente, morador da mesma avenida onde eles residem, havia desaparecido, de forma estranha, no mesmo dia em que tudo aconteceu. Desde, então, o menor passou a ser suspeito de ter cometido a barbárie.
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*Publicada originalmente às 12h23 (22/5)