Por que acontecem tantos acidentes na Avenida Suburbana? Buscamos a resposta
Por que acontecem tantos acidentes na Avenida Suburbana? Buscamos a resposta
Uma das principais vias de trânsito de Salvador, a Avenida Afrânio Peixoto, conhecida como Suburbana, é vista por muitos soteropolitanos como um local de trânsito perigoso, em virtude dos frequentes acidentes na região.
Na última semana, por exemplo, dois registros importantes deixaram dezenas de vítimas. Na quarta-feira (2/5), um ônibus intermunicipal e uma van que fazia a linha Rio Sena/Comércio colidiram. Resultado: 13 feridos.
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Já na manhã da última sexta-feira (4/5), foi a vez de três coletivos se envolverem em um engavetamento. O caso aconteceu no Lobato e também acabou com vítimas. Os registros chamam a atenção e, por conta disso, o Aratu Online quis saber de um especialista se há uma razão específica que justifique as ocorrências.
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Segundo o engenheiro de trânsito e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Elmo Felzemburg, a Suburbana é estreita, sinuosa, de trajeto contínuo, e não tem padrão técnico de via de longa distância. ?É necessário ter controle de acessos de veículos e pedestres de qualquer ponto?. Isso, de acordo com o especialista, não acontece.
Felzemburg ressalta também que, por ser uma via de natureza contínua, ela estimula muito o aumento de velocidade no local. ?Não tenho conhecimento sobre o número de radares na região, mas eles seriam instrumentos importantes para a redução dos acidentes?, observou.
Para o engenheiro, as pistas e canteiros estreitos da Avenida Suburbana são, também, fatores que contribuem para aumentar os riscos na região. Ele reforça que a via é muita antiga e alguns padrões viários não estão sendo considerados.
ESTATÍSTICA
Mesmo com todos os problemas apontados, o número de acidentes caiu entre 2017 e 2018. A informação, dada pela Superintendência de Trânsito (Transalvador), ressalta ainda que a via passou por requalificação em junho de 2016.
De acordo com levantamento do órgão, no ano passado, aconteceram 161 acidentes, com sete mortes, contra 471 acidentes, com 9 vítimas fatais em 2016. Em 2018, de janeiro a abril, foram registrados 38 acidentes, contra 68 no mesmo período de 2017. A estatística ainda não computava os acidentes de quinta e sexta-feira.
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