UNFAIR PLAY: Operação da PF prende presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Nuzman

05/10/2017 12h50Atualizado em: 05/10/2017 12h56

Reprodução

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Rio 2016 , Carlos Arthur Nuzman. Os policiais chegaram à casa do dirigente, no Leblon, Rio de Janeiro, pouco antes das 6h com um mandado de prisão temporária, por cinco dias. Enquanto isso, outra diligência se encaminhou para o bairro das Laranjeiras, com outro mandado para Leonardo Gryner, braço direito de Nuzman no COB.

Nuzman é considerado o principal responsável pelo pagamento de propina a dois membros do COI na eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016. No começo de setembro, ele foi encaminhado à sede da Polícia Federal para prestar depoimento na operação batizada como Unfair Play, que investiga a corrupção durante o governo estadual de Sérgio Cabral (2006 a 2014), mas permaneceu calado.

Os investigadores da PF, Ministério Público Federal e Receita Federal – com auxílio das autoridades francesas – apontam Nuzman como elo entre o pagamento da propina de US$ 2 milhões para Papa Massata Diack através do empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”, que está foragido.

O cartola de 75 anos entregou passaportes às autoridades, entre eles um diplomático e um russo. A denúncia do MPF, por sinal, aponta que Nuzman teria vendido o seu voto em favor da candidatura de Sochi para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno em 2014 em troca de um passaporte russo para poder fugir das investigações brasileiras.

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*Publicada originalmente às 6h50 (5/10)