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TRAGÉDIA NO MAR: ?Essas pessoas precisam ser responsabilizadas?, diz monitor da Cruz Vermelha

TRAGÉDIA NO MAR: ?Essas pessoas precisam ser responsabilizadas?, diz monitor da Cruz Vermelha

Por Da Redação

TRAGÉDIA NO MAR: ?Essas pessoas precisam ser responsabilizadas?, diz monitor da Cruz VermelhaCris Almeida/Aratu Online

Revolta. Esse é o sentimento que define Antônio Carlos Ferreira da Silva, 60 anos, técnico de enfermagem aposentado e monitor de primeiros socorros da Cruz Vermelha. ?Essas pessoas precisam ser responsabilizadas civil e criminalmente?. A indignação com a tragédia que deixou 18 vítimas fatais na Baía de Todos os Santos é fruto de uma inquietação que surgiu há cerca de 10 anos atrás. Em janeiro de 2007, ele acionou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para denunciar a falta de estrutura no sistema de transporte aquático.


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A preocupação, especialmente voltada para a situação precária dos ferry-boats, se estende à situação das lanchas que fazem a travessia Salvador-Mar Grande. ?Já houve óbitos, várias pessoas passaram mal, mas ninguém faz nada?. Segundo ele, além do péssimo estado das embarcações, a estrutura precária de atendimento, a falta de treinamento e de equipamentos necessários são fatores que colocam em risco constante a vida das pessoas que utilizam estes serviços.


O próprio MP-BA, que já informou que designará um promotor para acompanhar as investigações, admite que há 10 anos monitora e solicita melhorias no setor, como pode ser verificado nesta reportagem, publicada no dia da tragédia pelo Aratu Online.


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?O terminal marítimo não tem um posto, uma base de saúde. Eles dizem que os tripulantes possuem treinamento para atender aos passageiros que estão nas embarcações, mas todos eles têm outras atribuições. Não existe um pessoal designado para cuidar das pessoas em casos de emergência?, aponta.


E quem seriam os culpados? Na opinião de Antônio Carlos, praticamente todas as partes envolvidas no processo: ?O que temos hoje é uma situação de vulnerabilidade. A Marinha deveria fiscalizar melhor o serviço, as empresas também têm culpa, mas sabemos que existe a preocupação financeira. Os passageiros precisam de orientação, precisam saber como usar um colete, o que fazer em um momento como aquele?.


Em sua opinião, tristes lições como as deixadas pela tragédia na Baía de Todos os Santos precisa servir como exemplo para que a memória das pessoas mortas na última quinta-feira (24/8) não se transformem em meros números estatísticos. ?Quando você trabalha de forma preventiva, acidentes como esse dificilmente acontecem. Se isso tivesse ocorrido, tenho certeza que, hoje, não existiriam essas vítimas?.


LEIA MAIS: TRAGÉDIA NO MAR: Comandante da embarcação sobreviveu e é aguardado para prestar depoimento


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