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ANTONIO 70, BULE-BULE 50: Artista celebrará marcos com show-homenagem em outubro

ANTONIO 70, BULE-BULE 50: Artista celebrará marcos com show-homenagem em outubro

Por Juana Castro

ANTONIO 70, BULE-BULE 50: Artista celebrará marcos com show-homenagem em outubroDivulgação

‘Nasceu Antonio Ribeiro, se fez mestre Bule-Bule’


Entre festas e o profano das novenas. Foi assim a infância de Antonio Ribeiro da Conceição, o mestre Bule-Bule, autor da frase que inicia esta matéria. “Meus pais eram brincantes e eu os acompanhava”, contou o artista ao Aratu Online. Aos sete anos, já integrava um coral e participava de eventos na vizinhança, mas foi no ‘samba sertanejo’ que ele começou. “Era um dos ritmos que enriquecia as noitadas do meu sertão”, relembra saudoso.


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Consagrado cordelista, repentista, forrozeiro e ‘sambador’, como costuma dizer, Bule-Bule completa, em outubro deste ano, 70 anos de vida e 50 de carreira. Além disso, no mesmo mês, fará um ano que o artista da cultura popular realizou um transplante de rim – após uma espera de oito anos.


“Para a nossa família, outubro simboliza renascimento” afirmou Paulo Azevedo, filho e produtor do artista. Foi dele, inclusive, junto com o publicitário Saulo Sancio, a ideia do show ‘Antonio 70 Bule-Bule 50’, que acontecerá no referido mês, com dia a definir, no Teatro Cidade do Saber, em Camaçari, para celebrar as datas. “Meu pai é referência no que faz e merece ser homenageado”.


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Para a concretização do evento-homenagem – que culminará na produção de um CD e DVD – foi criada uma campanha de financiamento coletivo com a oferta de kits que podem ser comprados e terão o valor revertido para o projeto. Os preços vão de R$ 30, referentes a um pôster, a R$ 7 mil sobre um ‘kit empresarial’, em que organizações podem se tornar apoiadoras da cultura popular. O objetivo é arrecadar R$ 50 mil, ao todo, para a realização, registro, produção e reprodução do show.


“Caso não consigamos bater a primeira meta, de R$ 20 mil, não faremos nada, nem levaremos nenhum valor”, salientou Paulo. O prazo para a contribuição é até o dia 8 de setembro.


Confira o vídeo oficial da campanha: 



“Meu pai dizia que ‘quanto mais cabra, mais cabrito, e quanto mais gente é que se ganha a guerra’, então se muitos estiverem em prol da mesma causa, a coisa fica mais fácil de ser resolvida”, disse Bule.


Carreira


Produzir cultura popular não é fácil. Vendê-la, ainda mais, e Antonio sentiu isso desde o início da carreira, há meio século. “Fazer sua feira e manter sua família com cultura popular é muito difícil, mas nunca houve – nem haverá – moleza”, disse, sorridente.


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Com um jeito próprio de segurar o pandeiro, passeando por chulas e licutixos – tipos de samba -, o mestre conta que quando começou a se apresentar logo lhe perguntavam qual era a sua gravadora, mas ele ainda não tinha nenhum disco lançado. “Quando gravei, as coisas melhoraram um pouco. Aí fiz DVD, participei de programa de televisão…”, lembra.


Hoje, Bule ostenta a maior premiação brasileira para a cultura, a Ordem do Mérito Cultural (OMC), do Ministério da Cultura (Minc). A condecoração é dada a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecer suas contribuições no campo das artes.


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“Espero que a vida ainda tenha muito a me oferecer, para que eu possa dividir com meu público”, sonha Bule-Bule. Viver, para ele, atingindo esses marcos numéricos, é a sua maior alegria, mas o artista diz ‘querer mais’. “Faço meu trabalho com muita satisfação e hoje tem essa coisa bonita, que funciona sem cipó, chamada de Internet, que passa a mensagem com mais facilidade”, diverte-se o bem-humorado Antonio.


Foto: Reprodução


Conectado


Desde que assumiu a produção do pai, há cerca de cinco anos, Paulo se debruçou também sobre as redes sociais, com o objetivo de “aproximar ídolo e público”. Hoje, Bule Bule tem perfil no Facebook e Instagram, além de um canal no YouTube. Já o site oficial do mestre contempla sua vida e obra, dividindo esta nas quatro manifestações artísticas pelas quais ele enveredou – samba, repente, cordel e forró.


Assista ao vídeo abaixo



“Aprendi com meu pai [Bule-Bule] que o que importa é fazer. Tirar a ideia da cabeça, os planos do papel e colocar em prática”, concluiu Paulo.


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*Publicado originalmente às 6h (22/8)


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