AS ILHAS DE SALVADOR: Quando chove cidade tem pontos que alagam e impedem trânsito de pessoas
AS ILHAS DE SALVADOR: Quando chove cidade tem pontos que alagam e impedem trânsito de pessoas
Quem anda por Salvador sabe: quando chove um pouco além do normal, a cidade vira um caos. O trânsito e a população que mora nas áreas de risco são os mais afetados. Na mesma velocidade que os problemas aparecem, as fotos dos pontos de alagamentos – que são muitos, por sinal – começam a surgir pelas redes sociais.
Invariavelmente, o local mais fotografado é a Rua Régis Pacheco, no bairro do Uruguai. Quando chove, a comunidade local não pode deixar suas casas e ficam ilhadas, dando início a um drama.
“Já é ‘vezeiro’! Quando chove em torno de 20 minutos começa o alagamento. A Prefeitura já fez uma obra há cerca de quatro anos, mas não resolveu. Isso acontece por causa de uma boca de lobo”, conta Vanilda Carvalho.
Para a dona de casa, a inércia do poder público municipal é visível. “A Prefeitura sempre diz que os moradores são responsáveis por entupir as bocas de lobo. Aqui não acontece isso, o problema está na tubulação. Quando a boca de lobo entope, não saímos de casa e temos que nos programar”, lembra.
Outros pontos que sempre registram alagamentos são o Dique do Tororó e as Avenidas Vasco da Gama e Luís Viana (Paralela). Os bairros da Cidade Baixa, como o Uruguai, também sempre sofrem.
O OUTRO LADO
Na última quarta-feira (17/5) uma nova frente fria chegou em Salvador. Apesar dos velhos problemas, a Prefeitura de Salvador comemorou, por meio de nota enviada à imprensa, os resultados da “Operação Chuva”.
A Secretaria de Manutenção (Seman) classificou os alagamentos em várias vias como “contratempos”. “Os transtornos causados pela retenção das águas pluviais não foram significativos, resultando apenas em contratempos pontuais em algumas localidades, permitindo a fluidez do trânsito e proporcionando mais segurança à população”.
“[…] O tratamento à rede de drenagem, com reparos e ampliação dos pontos, funciona de forma eficaz. O sistema precisa de tempo para se recuperar, dependendo do volume de chuva, que cai de uma só vez. Mas o escoamento está ocorrendo como esperado”, diz o titular da pasta, Marcílio Bastos.