VIOLÊNCIA: Antes dos 20 dias do ano, Cajazeiras já tem 44% dos homicídios de três meses de 2016

Oito pessoas foram assassinadas no bairro de Cajazeiras, em Salvador, desde o primeiro dia de 2017 até esta quinta-feira (19/1). O número já corresponde a 44% de todos os casos semelhantes registrados na localidade entre janeiro e março de 2016 segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Na época foram 18 crimes.

O último homicídio registrado no bairro neste ano aconteceu na tarde de quarta-feira (18/1). William Pereira, de 17 anos, foi assassinado no final de linha, próximo ao ponto de ônibus, na Boca da Mata. O jovem foi atingido por três disparos e morreu na hora. Testemunhas disseram que ele faria aniversário neste sábado (21/1).

Outro caso que chamou atenção aconteceu na mesma localidade no dia 17. Reginaldo França Nascimento, de 18, e Iuri Ramos Cruz, 27 anos, foram mortos a tiros. Ainda não se sabe o que motivou o duplo homicídio.

A situação que mais ganhou repercussão, porém, foi o da costureira Ivonete de Souza Santos, de 45 anos. As apurações apontaram que ela estava dentro de casa quando foi surpreendida por traficantes na localidade conhecida como Jardim Mangabeira, no primeiro dia do ano.

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O comandante da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Cajazeiras), major Roberto Pinto, garante que o policiamento está atuante. “Temos feito abordagens e incentivando nossos policiais a, cada vez mais, realizar blitz. Neste ano já tivemos aumento na apreensão de drogas, prisão de suspeitos. Os números positivos se sobressaem aos negativos”, revela o comandante, que assumiu a CIPM em dezembro.

Para o major, a maioria dos homicídios na área têm relação com a guerra entre as facções Katiara e Bonde do Maluco (BDM). “Existe esta briga. Porém, existiu aqui um crime onde um pai matou a própria filha. Este tipo de situação é difícil de prevenir”, alerta Roberto Pinto.

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