IMPEACHMENT: Primeira sessão do julgamento é marcada por agressões verbais e muito bate-boca
IMPEACHMENT: Primeira sessão do julgamento é marcada por agressões verbais e muito bate-boca
Após passar toda a manhã desta quinta-feira (25/8) respondendo a questões de ordem de aliados da presidenta afastada Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que conduz o julgamento do impeachment suspendeu por volta das 12h50 os trabalhos. A sessão será retomada às 14h com o depoimento da primeira das quatro testemunhas a serem ouvidas hoje.
A primeira parte do julgamento foi marcada por muita confusão e bate-boca. Para se ter ideia, o primeiro momento de maior tensão levou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a suspender a sessão por alguns minutos para tentar restabelecer a ordem.
A confusão começou quando a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) afirmou que nenhum senador tem condições morais para julgar o afastamento permanente de Dilma. ?Aqui não tem ninguém com condições para julgar ninguém. Qual a moral do Senado para julgar uma presidente da República??, disse, visivelmente exaltada. A declaração foi interrompida pela manifestação indignada de outros senadores longe do microfone, entre eles, Ronaldo Caiado (DEM-GO), a quem Gleisi respondeu acusando: ?o senhor é do trabalho escravo?, disse ao microfone.
Gleisi rebatia o senador Magno Malta (PR- ES), a quem coube colocar o contraponto a uma das questões de ordem apresentadas por aliados de Dilma que afirmaram que o impeachment é defendido para blindar o presidente interino, Michel Temer, e alguns integrantes de seu governo citados em delações da Lava Jato.
“É o sujo falando do mal lavado. É a lata e o lixo. Não sou do PMDB, não sou do PSDB, que são os inimigos declarados do processo eleitoral”, disse. Sobre gravações que estão sendo reveladas ao longo das investigações, Malta atacou:”Se valesse alguma coisa, Aloizio Mercadante deveria estar preso”.
Diante do bate-boca estabelecido, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu serenidade nas discussões para que as testemunhas começassem a ser ouvidas. A sessão foi aberta por volta de 9h35.