OPERAÇÃO KAPNÓS: PF fecha depositos de cigarros falsos na Bahia e em quatro estados do Nordeste
OPERAÇÃO KAPNÓS: PF fecha depositos de cigarros falsos na Bahia e em quatro estados do Nordeste
A Polícia Rodoviária Federal na Bahia, fechou no início da manhã desta quinta-feira (7/7), um escritório e um depósito em de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. O mandados de busca e apreensão da Operação Kapnós, foram emitido pelo Ministério Público em Alagoas (MP-AL), para desarticular as quadrilhas que compravam os cigarros e os distribuía pelo Nordeste.
No depósito, foram apreendidos cerca de 800 caixas de cigarros falsificados, e no escritório foram encontrados aproximadamente R$ 47 mil em cheques e R$ 48 mil em dinheiro. A polícia também apreendeu dez cadernos com anotações da movimentação financeira da quadrilha. A PRF afirmou que mandados de prisão também são cumpridos na Bahia, mas ainda não informações sobre os presos.
OPERAÇÃO
A operação Kapnós cumpre 14 mandados de prisão e outros 29 de busca e apreensão nos estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A operação recolheu centenas de caixas de cigarros falsificados, além de veículos de luxo, lanchas e motos aquáticas. Todos esses bens teriam sido comprados e colocados no nome de “laranjas” com o intuito de lavar o dinheiro adquirido com o comércio ilegal de cigarros.
Até agora duas pessoas foram presas em Alagoas. Elas estão sendo levadas para a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), para prestarem depoimentos. Já o material apreendido será encaminhado para a Academia de Polícia Militar. Segundo as investigações, o centro de distribuição dos produtos de um dos grupos criminosos funcionava na cidade de Caruaru (PE). Outro integrante da quadrilha foi preso em Curupira.
De acordo com o MP, as investigações começaram há quatro meses. As quadrilhas presas eram especializadas em comercializar cigarros produzidos no Brasil, mas com selos de marcas paraguaias, como Eight, Gift, Bello e Meridian. Os revendedores compravam os produtos de fábricas clandestinas, localizadas, em sua maioria, na região Sul do país, e distribuíam para diversos centros de comércio no Nordeste.
Ainda de acordo com o Ministério Público, os dois bandos possuíam uma estrutura organizada, com integrantes exercendo papéis distintos, tendo fornecedores regionais, estaduais, e locais, fora os vendedores que vendiam para o consumidor final.
Em Maceió dois comerciantes foram presos. Eles vendiam cigarros falsificados no Mercado da Produção e na Feira do Artesanato, no centro da capital, local que se tornou ponto de intersecção entre as organizações criminosas.
A palavra Kapnós, usada para nomear a operação, tem origem grega que significa tabaco e, por sua vez, remete a fumaça. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e homens das Polícias Civil e Militar participam da operação.