BARBÁRIE: Em depoimento, ex-namorado de vítima de estupro coletivo, Lucas Duarte (de boné preto), disse que crime é invenção
BARBÁRIE: Em depoimento, ex-namorado de vítima de estupro coletivo, Lucas Duarte (de boné preto), disse que crime é invenção
Suspeito de ter participado do estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro, Lucas Duarte Santos (de boné preto e jogador do Boa Vista-RJ), 20 anos, sustentou em seu depoimento à polícia na noite de ontem (29/5) que o crime, na verdade, não aconteceu. Seria uma invenção da menina para justificar imagens suas publicadas na internet frente aos pais, que são religiosos.
Esse argumento foi apresentou por Santos ao delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), quando foi interrogado. As informações foram dadas pelo seu advogado, Eduardo Antunes, que afirmou ainda que seu cliente teve um relacionamento com a adolescente no passado.
A versão de Santos, que é atleta do Boa Vista-RJ, é a de que após participar de um baile funk, dois casais se reuniram em uma casa abandonada no Morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste. A adolescente teria tido relações sexuais com Ray de Souza, que também prestou depoimento na DRCI. No mesmo local e momento, Santos teria tido relações com outra menina, de nome e idade não informados, também presente à delegacia ontem.
O advogado afirma que os três teriam deixado a adolescente na casa e que não podem dizer se houve estupro em seguida. Antunes admite, no entanto, que Ray expôs foto da adolescente no Whatsapp.
DEPOIMENTO DO SEGUNDO ACUSADO
Curiosamente, Ray também prestou depoimento ontem. Ele, por sua vez, culpou um traficante chamado Jefferson de ter gravado e distribuído as imagens. No entanto, admitiu, segundo o advogado que o defende, Cláudio Lúcio Silva, que estava no momento em que as imagens foram feitas. “Não houve um estupro. Houve um ato sexual entre o meu cliente e a suposta vítima, consentida pelo mesmo. A situação dos 30 homens é um funk que fala sobre isso. É a letra de uma música”, assegurou Cláudio Lúcio Silva.
VERSÃO DA VÍTIMA
A versão da adolescente é que ela foi estuprada por 33 bandidos envolvidos com o tráfico de drogas no Morro da Barão. Ao jornal Estado de São Paulo, a advogada Elisa Samy afirmou que sua cliente disse ter acordado no domingo (22/5) sem reconhecer nenhum dos estupradores, que seriam todos ligados ao tráfico de drogas. A adolescente já prestou depoimento na DRCI e deixou a Cidade da Polícia sem falar com os jornalistas.