GOIÂNIA: Pontuação para tipo de mulher que aluno ‘ficar’ em evento de Universidade gera polêmica na web
GOIÂNIA: Pontuação para tipo de mulher que aluno ‘ficar’ em evento de Universidade gera polêmica na web
A polêmica está formada nos Jogos Internos da Universidade Federal de Goiás (InterUFG). Antes mesmo de começar o evento, que teve início ontem (25/5) e termina no próximo domingo (29/5), foi-se criada uma lista que pontua o tipo de mulher que os estudantes vão se relacionar durante os dias do InterUFG.
Chamado de ?Regulamento InterUFG 2016?, o ‘documento’ que viralizou pelas redes sociais avalia entre outros quesitos: a beleza, a cor da pele e o estado civil das universitárias. Não para por aí. Num dos tópicos, há o seguinte indicativo “o rapaz que beijar travesti é ?eliminado da competição?.
No regulamento, a maior pontuação é para quem tiver relações sexuais. Se a mulher for casada, o homem acumula 10 pontos. Se ela for ?gostosa e gata?, ganha 8 pontos. Se a mulher for ?pretinha bonitinha?, recebe 2 pontos. O estudante perde um ponto se beijar uma ?mulher gorda? ou ?preta e feia?. Ele ainda perde 0,5 ponto a cada meia hora que ficar com a mesma pessoa, o que chamam de ficar ?casado? na festa. Durante as tardes, são realizados os jogos esportivos e, à noite, festas open bar.
REPERCUSSÃO NEGATIVA
Na internet, os comentários negativos estão bombando. ?Racismo, sexismo e transfobia?, escreveu um internauta. Outro completou: ?É apologia e incitação à violência sexual e de gênero e ao racismo. Num país onde mulheres sofrem violência a cada minuto, sobretudo mulheres negras, é preciso dar nome aos bois?.
Em uma nota publicada no facebook, a organização do evento declarou que não apoia e repudia ?todo e qualquer esquema de pontuação de conotação sexual divulgado em redes sociais?. A mensagem ainda diz que 10ª Edição do Inter UFG ?prezará pelo bem estar, segurança, diversão e, acima de tudo, o respeito?.
A assessoria de imprensa da Universidade Federal de Goiás destaca “que o evento não é organizado pela instituição, mas por estudantes da universidade e não compactua com qualquer manifestação de preconceito e violência de gênero?.
Por fim, a titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes Martins, disse que não recebeu nenhuma denúncia sobre a lista e classifica o regulamento como imoral.
?É uma situação absurda, como mulher me sinto cada vez mais indignada, em especial por esse tipo de situação ter partido de universitários, pessoas que, em tese, teriam um pouco mais de conhecimento, têm acesso à cultura, aos meios de comunicação, mas, infelizmente, isso ainda ocorre?, declarou.