BAIANOS DE TEMER: Na composição do ministério, Geddel é nome garantido; Aleluia e Cacá Leão devem ficar de fora
BAIANOS DE TEMER: Na composição do ministério, Geddel é nome garantido; Aleluia e Cacá Leão devem ficar de fora
Nesta quarta-feira (11/5), dia em que se define o possível afastamento de Dilma Rousseff (PT) do cargo de presidente da república, o vice ? Michel Temer (PMDB) ? faz os últimos ajustes no elenco que deve compor o primeiro escalão do seu eventual governo.
Entre os políticos que fazem oposição à petista, e, portanto, favoráveis ao seu impeachment, alguns baianos tiveram seus nomes apontados nos bastidores da trama nesses últimos vinte dias. Afinal de contas, desde que o processo de afastamento foi admitido na Câmara dos Deputados, Temer se reuniu por diversas vezes com alguns aliados, buscando uma composição para o seu mandato.
Da terra do dendê, os deputados federais José Carlos Aleluia (DEM) ? especulado nas Comunicações ? e Cacá Leão (PP) ? cotado para a Integração ? foram lembrados durante o processo, mas na reta final desse jogo, eles estão quase descartados, ou muito longe de uma confirmação, para atuar no time de Temer.
Porém, outro filho da ?boa terra? tem escalação praticamente garantida. O presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, vem participando, com grande frequência, dos encontros promovidos pelo atual vice-presidente, para discutir estratégias e medidas a serem adotadas, com o intuito de retomar o crescimento do país, em caso de um novo governo.
A mídia nacional tem dado a Geddel destaque semelhante ao dos ?figurões? Henrique Meirelles e Romero Jucá (PMDB-RR). O ex-presidente do Banco Central é nome certo para o Ministério da Fazenda, já o senador assume o Planejamento e o baiano está cotadíssimo para ficar com a pasta que irá responder pela Secretaria de Governo.
“O Brasil quer austeridade, exemplo, determinação, um governo que sinalize que podemos construir uma saída clara para essa crise angustiante que estamos vivendo?, comentou Geddel, nesta terça-feira (10/5) para uma emissora de TV, em rede nacional, quando questionado sobre possíveis dificuldades em conseguir apoio suficiente no Congresso para a aprovação de medidas difíceis, que pretendem ser adotadas em uma nova conjuntura.
Recentemente, Temer sinalizou para os seus aliados que iria promover um corte substancial na máquina do governo. A medida acaba reduzindo as barganhas com a sua base no primeiro escalão e isso deve custar a vaga do deputado Aleluia, já que o Ministério das Comunicações, possivelmente, se unirá á pasta da Ciência e Tecnologia.
A notícia, no entanto, não abala o democrata baiano. ?O presidente precisa compor a equipe dele com liberdade e todos os políticos precisam ajudar, não só a ele, mas ao Brasil?, disse o parlamentar em entrevista ao Aratu Online.
A situação de Cacá Leão não é, também, das mais favoráveis. Apesar de ter o nome cogitado para o Ministério da Integração, tanto no governo Dilma (no início do ano), quanto neste processo Temer, o pepista perdeu fôlego na reta final da corrida ministerial.
Leão informou à nossa reportagem que, inicialmente, seu nome foi lembrado através de uma substituição partidária e, mesmo depois da admissibilidade do processo de impeachment na Câmara, ele ainda foi indicado pelo partido para uma nova composição de governo.
“Mas neste momento, a gente entende que não é hora de pensar em cargos. A prioridade é contribuir com o Brasil”, disse. O deputado se absteve na votação do processo de impeachment, mas garante que segue a orientação nacional do seu partido.
No entanto, ele não se posiciona enquanto integrante da base aliada, tão pouco contrário a Michel Temer. “A gente precisa ter responsabilidade com o país. Neste momento, ninguém tem condições para falar em oposição e situação. O que devemos é aprovar matérias que darão melhores resultados ao Brasil”, concluiu.
NOMES QUASE DEFINIDOS
Temer já confirmou o corte de dez ministérios de Dilma Rousseff no seu eventual governo. Atualmente, 32 pastas compõem o primeiro escalão da petista. Porém, se confirmado o afastamento da presidente, o seu vice assumirá o mandato comandando 22 ministros. Não havendo mudanças de última hora, pelo menos 13 nomes estão definidos:
Henrique Meirelles – Fazenda
Eliseu Padilha – Casa Civil
Geddel Vieira Lima – Secretaria de Governo
Romero Jucá – Planejamento
Blairo Maggi – Agricultura
Bruno Araújo – Cidades
Gilberto Kassab – Comunicações e Ciência e Tecnologia
Osmar Terra – Ministério Social
Alexandre de Moraes – Justiça
Sarney Filho – Meio Ambiente
José Serra – Relações Exteriores
Ricardo Barros – Saúde
Maurício Quintella – Transportes
BAIANOS QUE PODEM DEIXAR O GOVERNO FEDERAL
Se o desfecho da votação no Senado for a aprovação do afastamento da presidente Dilma, alguns baianos, ocupando cargos no governo federal irão se despedir de Brasília. Entre eles, dois integrantes do ministério e outros alocados em diferentes setores da máquina devem ficar, pelo menos temporariamente, desempregados. Veja alguns nomes:
Jaques Wagner (Chefia do gabinete da Presidência) e Juca Ferreira (Ministério da Cultura)