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INTOLERÂNCIA?: Nova estação Pirajá impede sermão religioso

INTOLERÂNCIA?: Nova estação Pirajá impede sermão religioso

Por Jean Mendes

INTOLERÂNCIA?: Nova estação Pirajá impede sermão religiosoCésar Irará/Aratu Online

Quem frequenta a Estação Pirajá, em Salvador, sabe que a pregação feita pelos evangélicos é um fato que ocorre com certa frequência durante todo o dia. Aliás, acontecia. Isso porque, depois de o terminal ser integrado ao metrô, no início de fevereiro, as regras mudaram. O fato parece ser desconhecido pelos usuários e crentes. Um vídeo enviado à redação do Aratu Online mostra a indignação de um evangélico após ser repreendido por uma funcionária da CCR, empresa que administra o terminal.


“É o trabalho dela. Ela defende o trabalho”, argumenta o personagem do vídeo, que não foi identificado, após ser chamado atenção. Ele reforça que está cumprindo uma “profecia” e desafia a lei. “Se for para sair preso eu saio preso. Se for vontade de Deus eu vou preso e a igreja que eu congrego vai arranjar um advogado para me libertar. A palavra de Deus tem que ser pregada”, grita o homem.


Procurada pelo Aratu Online, a CCR informou que pregações religiosas em estações metroviárias é proibido. A empresa se basseia no Decreto 15.197, sancionado pelo então Governador da Bahia, Jaques Wagner, em junho de 2014. No caso do homem fazendo pregações flagrado no vídeo, ele infringiu dois itens do artigo 15.


O primeiro artigo proíbe, além da pregação, colocação de cartazes e mendicância. O outro fala sobre a proibição em alguma pessoa utilizar aparelhos sonoros, tocar instrumentos ou emitir falas e cantos que atrapalhem a audição dos serviços de sonorização da Estação Pirajá. Questionada sobre o terminal ser rodoviário, a administradora disse que, após a integração, o terminal pertence também ao metrô.


Sem título

Parte do Decreto que proíbe as ações em estações metroviárias.


O cinegrafista amador que percebeu a ação e enviou ao Aratu Online, que preferiu ser identificado apenas como Senhorzinho, se mostrou contra a proibição. “Em que país nós vivemos? Quando percebi eu gravei logo”, argumenta ele.


Veja o flagrante:



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