Avião da Malaysian Airlines foi abatido por míssil russo, conclui investigação
Avião da Malaysian Airlines foi abatido por míssil russo, conclui investigação
A queda do voo MH17 no Leste da Ucrânia em julho de 2014 foi provocada por um míssil BUK que atingiu o aparelho do lado esquerdo do cockpit, concluiu a investigação do Departamento de Segurança da Holanda.
?O voo MH17 caiu em consequência da detonação de uma ogiva no exterior do avião, contra o lado esquerdo do cockpit?, afirmou em entrevista o presidente do departamento, Tjibbe Joustra. ?A ogiva corresponde ao tipo de mísseis instalados nos sistemas terra-ar BUK?, do tipo 9N314M, de fabricação russa, acrescentou.
Os investigadores não conseguiram determinar o local exato do lançamento do míssil, tendo identificado apenas uma área de 320 quilômetros quadrados no Leste da Ucrânia, controlada pelos separatistas pró-russos.
A investigação sobre a queda do voo da Malaysian Airlines, ocorrida em 17 de julho de 2014 e na qual morreram as 298 pessoas que seguiam a bordo, concluiu também que, após a explosão, ?a parte da frente do avião foi arrancada e o avião partiu-se no ar?.
?Não se pode excluir [a hipótese de] que alguns ocupantes tenham permanecido conscientes por algum tempo durante o minuto a minuto e meio que durou a queda?, embora seja ?improvável? que tenham percebido o que estava acontecendo, concluíram os investigadores.
A explosão do míssil teve diferentes consequências para os ocupantes do avião, dependendo da proximidade do local de impacto. É certeza, por exemplo, que a explosão foi imediatamente fatal para as pessoas que estavam dentro da cabine.
Os investigadores também analisaram as razões pelas quais o avião sobrevoava uma zona de conflito e concluíram que ?havia razões suficientes? para as autoridades ucranianas fecharem o espaço aéreo sobre a zona de conflito, como medida ?de precaução?.