Pesquisa aponta maturidade das crianças em relação ao uso do dinheiro e aspectos familiares

Uma pesquisa feita pela Officina Sophia, empresa da holding HSR Specialist Researcher, aponta que as crianças brasileiras tem um nível de maturidade elevado em relação ao uso do dinheiro, trabalho, sustentabilidade, escola e aspectos familiares. A pesquisa pretende apresentar um perfil completo dos pequenos sobre os seus pensamentos, comportamentos e posturas diante do dia a dia, os participantes foram questionados em vários aspectos como, política, diversidade, hábitos digitais, escola, configuração da família e dinheiro.

Todos os entrevistados foram acompanhados pelos pais ou adulto responsável, mil crianças foram ouvidas, na faixa etária de 7 e 12 anos, entre meninos e meninas de sete capitais brasileiras; Salvador, Rio de Janeiro, Recife, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. ?O trabalho permite a análise de muitos fatores determinantes que moldam o comportamento do público infantil. Entre eles, surpreendeu o nível de consciência e maturidade sobre dinheiro, o cuidado com o outro e com os animais e também uma ideia positiva sobre empreendedorismo?, revela Naiara Maneo, diretora da Officina Sophia.

Confira as descobertas feitas pela pesquisa nos principais aspectos:

Configuração Familiar

– A mãe está presente em 94% dos lares das crianças entrevistadas. Em metade das famílias, predomina a formação familiar composta por pai, mãe e filhos.

– Nos casos em que os pais são separados, 44% das crianças moram apenas com as mães.

– 63% das crianças participantes afirmaram que as mães trabalham fora de casa, contra 49% que apontaram os pais.

– Os avós são importantes pontos de contato e manutenção da relação familiar. Eles são prioridade entre os parentes visitados regularmente.

Relação com o dinheiro

– Para 76% das crianças o dinheiro é importante, mas há outras coisas mais relevantes na vida.

– 92% das crianças afirmam saber para que serve o dinheiro. Em 69% dos casos, a orientação sobre como utilizá-lo vêm dos pais.

– Ajudar a família é a principal finalidade do dinheiro para as crianças. Essa também seria a prioridade caso ganhassem na loteria. (85%)

– A mesada caiu em desuso. A maioria dos pais opta por dar o dinheiro às crianças em pequenas quantias, sem frequência pré-determinada.

– A experiência bancária das crianças ainda é pequena e 3% guardam o dinheiro que ganham na poupança. O cofrinho é utilizado por 68% das entrevistadas.

– Caso ele tivesse dinheiro para doar, doaria para entidades que cuidam de crianças, idosos e animais principalmente.

Relação com a escola

– 91% das crianças reconhecem a importância de estudar. Porém, o tempo que elas precisam permanecer no colégio o aspecto que mais as desagradam.

– A figura do professor é o que as crianças mais gostam na escola. Em segundo lugar na preferência fica a prática de atividades esportivas.

– O gosto da criançada por esporte é refletido na preferência pelas aulas de Educação Física, entre as disciplinas. A matemática não é tão temida quanto muitos pensam e é a segunda matéria favorita. Geografia é a disciplina que menos agrada.

– 68% das crianças entrevistadas gostariam de estudar algo que a escola não ensina. Os idiomas são os cursos mais desejados.