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MPT pede liminar para garantir pagamento de rodoviários de Feira de Santana

MPT pede liminar para garantir pagamento de rodoviários de Feira de Santana

Por Da Redação

MPT pede liminar para garantir pagamento de rodoviários de Feira de SantanaReprodução

O Ministério Público do Trabalho deu entrada nesta quarta-feira (19) em novo pedido de liminar para garantir o pagamento dos salários e rescisões de contrato de motoristas, cobradores, despachantes e demais funcionários das empresas de transporte urbano de Feira de Santana.


A ação civil pública instaurada pelo MPT busca bloquear os bens das empresas Viação Princesinha do Sertão Ltda. e Viação 18 de Setembro Ltda. e de seus sócios, e o bloqueio de créditos porventura ainda devidos às empresas pelo município de Feira de Santana. O objetivo é assegurar o pagamento das parcelas trabalhistas dos rodoviários. A ação pede o pagamento de indenização por danos morais coletivos, decorrentes das condutas ilícitas cometidas pelas empresas de transporte público.


Desde o último domingo, após o resultado da licitação, na qual foram vencedoras a Auto Ônibus São João Ltda. e a Empresa de Ônibus Rosa Ltda. para atuar no transporte coletivo de Feira, as empresas que já estavam trabalhando no setor recolheram os ônibus, deixando toda a população do município sem coletivos, com o argumento de que não possuem recursos financeiros para realizar o abastecimento dos veículos.


Devido a essa paralisação, a prefeitura de Feira de Santana assinou na tarde de ontem (18/08) contrato emergencial com as empresas vencedoras da licitação, para operação no setor nos próximos seis meses. As empresas que vão assumir o contrato emergencial são de São Paulo e os ônibus vão vir de lá, demorando cerca de três dias para chegar a Feira de Santana, o que deixará a população ainda sem transporte nesses dias.


De acordo com a prefeitura da cidade, o transporte público urbano de passageiros foi interrompido por decisão própria e mais conveniente das empresas que operavam o setor, a Princesinha e a 18 de Setembro. O contrato emergencial, de seis meses, firmado com a Prefeitura, seria encerrado na próxima terça-feira, 25.


Desse modo, o MPT entende a necessidade da liminar pelo motivo de as empresas não terem nem mesmo recursos financeiros para colocar combustível e com contratos prestes a serem rescindidos. Com isso, há grave risco de não pagamento das parcelas rescisórias dos seus mais de mil trabalhadores rodoviários empregados.


Além da concessão da liminar, a procuradora do trabalho do MPT Jaqueline Coutinho Silva, que atua no caso junto com a procuradora Rosineide Moura, solicita à 3ª Vara do Trabalho de Feira de Santana a manutenção dos efeitos da decisão até a quitação dos débitos trabalhistas com demonstração de solidez financeira capaz de suportar, eficazmente, a reparação das lesões praticadas.


A ação já havia sido ajuizada na Justiça no fim do ano passado, quando, após o anúncio da intenção de licitar a concessão do sistema de transporte municipal, as duas empresas alegaram falta de recursos e atrasaram salários e benefícios trabalhistas. Naquele momento, a Justiça negou a liminar, mas os novos fatos fizeram as procuradoras reencaminhar o pedido, acrescentando novas informações.


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