Movimentos de luta pela terra permanecem acampados no CAB e cobram audiência com Rui Costa
Movimentos de luta pela terra permanecem acampados no CAB e cobram audiência com Rui Costa
Os movimentos de luta continuam acampados em frente ao INCRA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB) desde a manhã desta segunda-feira (13) reivindicando por uma reforma agrária. A mobilização é de cunho nacional e seguem até que as propostas sejam ouvidas pelos governos Estadual e Federal.
Na tarde desta terça-feira (14), por volta das 13h, cerca de 1500 trabalhadores rurais seguirão do INCRA para a governadoria para tentar entregar a pauta de reivindicações para Rui Costa. Esta ação na Bahia integra a Jornada de Luta 2015 e acontece junto com a ocupação da prefeitura de Nova Soure, no nordeste do Estado, com cerca de 600 trabalhadores rurais; e a Mobilização Nacional em Brasília, com diversos Movimentos de todo o Brasil.
Os movimentos denunciam o cenário de desmantelamento da política de Reforma Agrária no Estado da Bahia e a completa ausência do executivo, legislativo e judiciário na defesa do direito das populações empobrecidas rurais, e a sua pesada atuação na defesa e ampliação das articulações do grande capital, com a entrega das terras para os fazendeiros e ao agronegócio, que expulsa as famílias e destrói a natureza; a paralisação da reforma agrária e da demarcação dos territórios tradicionais; a lentidão do judiciário para as imissões de posse em favor dos povos do campo e tradicionais.
Participam das mobilizações o Movimento dos Acampados, Assentados e Quilombolas da Bahia (CETA); Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD); Pastoral Rural; Articulação Estadual de Fundos e Fechos de Pasto; Povos Indígenas. Movimento pelo Teto e Terra (MPTT); Frente dos Trabalhadores Livres (FTL); Movimento dos Trabalhadores Independentes (MTI); Movimento de Resistência Camponesa (MRC); Via do Trabalho (VT); Verde, Socialismo e Trabalho (VST); Teia Agroecológica dos Povos da Cabruca e Mata Atlântica.