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Grupo de pesquisa da UFBA lança site com foco nas mulheres

Grupo de pesquisa da UFBA lança site com foco nas mulheres

Por Da Redação

Consolidado no ambiente acadêmico por uma trajetória comprometida com a tríade ensino, pesquisa e extensão, o grupo de pesquisa Miradas, vinculado ao CULT,  da Universidade Federal da Bahia, lança um site com a proposta de refletir sobre as conquistas, dificuldades e enfrentamentos históricos das mulheres na vida contemporânea. Coordenado pela professora doutora Linda Rubim, o Miradas tem se dedicado a produções sistemáticas sob a luz da multidisciplinaridade, que se caracterizam por um conjunto de olhares voltados para a situação das mulheres e suas lutas para se tornarem sujeitos das próprias vidas num mundo de preconceitos e desigualdades. O site é uma nova ferramenta que amplia as possibilidades de atuação do grupo, composto por pós-graduandos de mestrado e doutorado, mas também aberto para estudantes de graduação e pesquisadores não acadêmicos.


Com uma abordagem multidisciplinar sobre as relações entre gênero, cultura e mídia, essenciais para pensar e viver o mundo contemporâneo, o site do Miradas entra no ar reunindo entrevistas, agenda de eventos e referências de artigos, livros e vídeos. Os internautas já podem acessar, por exemplo, o vídeo com a fala contundente da professora Vanda Machado, especialista em história e cultura africana. Em seu depoimento, Vanda se posiciona a respeito de temas como educação, religiosidade, racismo e intolerância.


Na página principal, a pesquisadora Adriana Jacob, integrante do Miradas, publica o texto As Mulheres do 8 de Março, data oficializada no calendário mundial como o Dia Internacional da Mulher. O artigo busca identificar o feminino construído pela mídia na cobertura jornalística do 8 de Março, quando a mulher é o foco central de uma série de homenagens, protestos e discussões em várias partes do mundo. Também investiga quais são as representações desse gênero evidenciadas nas matérias especiais da cobertura midiática do jornal Folha de S. Paulo no Dia Internacional da Mulher entre os anos de 2000 e 2015. Analisa, ainda, de que forma o jornal pesquisado dialoga com o conteúdo histórico do período estudado.


?Os textos publicados na mídia são indicadores de transformação sociocultural, afetados pela história, pelos estereótipos e por fatores sociais. São as manchetes de jornais e telejornais, capas de revistas e, mais recentemente, as postagens nas redes sociais, que muitas vezes pautam o cotidiano contemporâneo?, destaca a autora.


Antes de viabilizar seu site, o grupo Miradas lançou, em 2014, o livro Miradas: Gênero, Cultura e Mídia, publicado pela editora Edufba, que reúne vários artigos focados na interseção entre esses três focos de abordagem, trabalhados pelos seus pesquisadores. Na mesma data de lançamento do livro, realizou, em Salvador, outro evento em sintonia com essas reflexões: a mesa redonda A Mulher e a Cultura, com depoimentos da diretora teatral, dançarina e coreógrafa Carmen Paternostro, da socióloga e pesquisadora Mary Castro e da diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), Arany Santana. O Grupo Miradas é vinculado ao Centro Multidisciplinar de Estudos em Cultura (CULT) e ao Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFBA.


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