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Dilma diz que não viu nenhum sinal de corrupção na Petrobras

Dilma diz que não viu nenhum sinal de corrupção na Petrobras

Por Da Redação

Dilma diz que não viu nenhum sinal de corrupção na Petrobras

A presidenta Dilma Rousseff disse que não viu ?sequer um sinal? dos atos de corrupção que ocorriam entre funcionários da Petrobras, representantes de empreiteiras e políticos, em entrevista à agência norte-americana de notícias Bloomberg, divulgada pelo Palácio do Planalto.


Dilma afirmou que não são todas as empreiteiras brasileiras que estão envolvidas no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. A presidente também disse acreditar que a Petrobras voltará a receber maior volume de capitais após superar o ?processo de descoberta da corrupção?.


De acordo com a presidenta, depois que tiver novamente acesso ao mercado de capitais, a Petrobras poderá receber os investimentos de que precisa, já que tem uma ?imensa capacidade?. ?A Petrobras, inclusive, em alguns momentos, era empresa para a qual todo mundo queria emprestar. A Petrobras vai distribuir dividendos. Ela, neste processo de agora, de descoberta da corrupção, tem condições de passar por isso e superar?.


Dilma ressaltou que as ?medidas drásticas? que a estatal terá de tomar foram também adotadas internacionalmente por outras empresas que enfrentaram situações similares. Segundo ela, a Petrobras terá, então, ?uma gestão muito melhor?, ?melhores práticas? e ?capacidade de se alavancar novamente?.


Ajuste fiscal

Na mesma entrevista, Dilma disse que o ?grande corte? a ser promovido pelo governo se dará fundamentalmente na máquina pública e prometeu fazer tudo para atingir o superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB – soma das riquezas produzidas no País). Superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública.


A presidente admitiu que ainda haverá dificuldades, mas reafirmou a solidez dos fundamentos macroeconômicos do País. ?Não é só uma questão de crença, é de ação política. Nós sabíamos que os resultados de janeiro e fevereiro não seriam bons. Eu acho que inclusive o mercado já esperava um pouco isso. Acreditamos que ainda vamos ter um período de dificuldades, mas o Brasil tem uma situação de solidez bastante grande, nos seus fundamentos macroeconômicos.?


Segundo Dilma, os cortes serão ?fundamentalmente no custeio e no enxugamento da máquina?. Ela ressaltou que o problema não será resolvido com cortes em pessoal e que será preciso racionalizar gastos, “defasar outros” e criar vários mecanismos.


“Essa é a parte com a qual o governo entra, porque todo mundo tem de entrar com um pedaço. O nosso pedaço, quero avisar, vai ser grande. Vamos fazer um grande corte, um grande contingenciamento orçamentário.” Ela enfatizou que não haverá redução na política social. “[Isso] porque não é ela que é responsável pela grande maioria dos gastos. O que nós vamos fazer é um enxugamento em todas as atividades administrativas do governo, um grande enxugamento.?


Joaquim Levy

Sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a presidenta disse que ele é ?muito importante para o Brasil hoje? e que tem muita firmeza. Dilma voltou a comentar declarações de Levy sobre a atuação dela na condução do ajuste. ?O que o ministro Joaquim Levy disse: ‘você, não necessariamente, tem uma única forma de chegar a uma medida. Às vezes, eu até prefiro a mais rápida, eu prefiro pelo meu jeito de ser, mas nem sempre essa é a melhor medida, às vezes politicamente você tem de construir um outro caminho e, neste, tem necessidade de refazer o processo, de fazer o processo você tem várias passagens.’? Ela acrescentou que esse tipo de prática não deve ocorrer somente na aplicação do ajuste econômico.


Dilma afirmou também que, depois que o ajuste for aprovado, pretende fazer algumas medidas microeconômicas, e citou a estrutura tributária como ?não eficiente? e ?complexa?. ?Um dos motivos pelos quais fazer bitributação, acordo de bitributação no Brasil é difícil é por causa dessa estrutura, que é uma estrutura muito burocratizada, cheia de detalhes. Nós queremos visitar por exemplo, a cumulatividade de impostos e mudar isso. Nós queremos racionalizar a estrutura tributária brasileira. Além disso, nós temos também uma série de ações na área da desburocratização.?


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