SP: mulher que matou cão a facadas é multada em R$ 6 mil
SP: mulher que matou cão a facadas é multada em R$ 6 mil
A Polícia Militar Ambiental de Bauru, no interior de São Paulo aplicou uma multa no valor de R$ 6 mil à comerciante suspeita de ter matado um cão a facadas . O caso ocorreu na noite da última sexta-feira, no Jardim Terra Branca, e gerou comoção entre os moradores e nas redes sociais.
O auto de infração baseia-se na resolução número 48 da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O valor da multa para quem pratica ato de abuso, maus tratos, fere ou mutila animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é de R$ 3 mil, por animal. Porém ,o valor é dobrado em caso de morte. A Polícia Ambiental afirma não ter sido acionada no dia do crime.
A comerciante, de 39 anos, prestou depoimento à Polícia Civil na manhã e ontem e, no início da noite, um novo protesto foi realizado por defensores dos animais. Desta vez o grupo, usando roupas pretas e munido de cartazes, pediu por justiça e por mudança das leis que tratam crimes de maus tratos – para que sejam mais rígidas. Os manifestantes também mencionaram a morte de sete gatos encontrados em frente a uma residência e em sacos de lixo em um terreno no Jardim Bela Vista, na manhã desta terça-feira. Os moradores acreditam que eles tenham sido envenenados.
?Amo os animais. Faço o que posso para ajudá-los. A manifestação foi pacífica. Infelizmente algumas pessoas não puderam comparecer, mas isso não nos enfraqueceu. Queremos justiça em relação ao cachorro morto a facadas e leis vai rígidas em relação aos maus tratos e abandono?, disse a recuperadora de crédito Camila Marim, que participou da manifestação.
Na noite de sábado, menos de 24 horas após a morte do animal, cerca de 80 pessoas também protestaram na frente da casa da suspeita. Velas foram acesas na calçada da casa e cartazes colados no portão. Na manhã seguinte, o imóvel estava completamente pichado. Os defensores de animais negam participação e condenam o ato.
?Em nenhum momento nós da manifestação incitamos esse tipo de violência, que aliás, também somos contra. O que nós queremos é justiça pela morte desse animal?, afirma a protetora de animais Leandra Marquezini.
?Nós alertamos as pessoas que protestem, mas de forma pacífica?, alerta o delegado seccional de Bauru Ricardo Martines. Segundo vizinhos, a família da comerciante saiu da casa desde o ocorrido e tem ficado na residência de familiares em Bauru e na cidade de Gália (SP).
Como o crime é considerado de baixo potencial ofensivo, a suspeita responde em liberdade. Ela também registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil por conta dos danos no imóvel e por ter recebido ameaças de morte. Em relação à multa aplicada pela Polícia Militar Ambiental, cabe recurso que será julgado por uma comissão interna da instituição.