Ceasa: comerciantes denunciam série de assaltos motivada por horário de abertura dos portões
Ceasa: comerciantes denunciam série de assaltos motivada por horário de abertura dos portões
Um comerciário, que preferiu não se identificar e é dono de um box na maior feira de abastecimento da Bahia, procurou o Aratu Online para fazer uma denúncia. Segundo ele, os portões da Ceasa em Simões Filho estão abrindo em um novo horário, fazendo caminhões ficarem à margem da BA-526. Os comerciantes defendem que o acesso ao local sempre foi disponibilizado às 2h, mas que agora só podem entrar às 4h. A situação, segundo a denúncia, está atrapalhando o tráfego da via e expondo comerciantes e caminhoneiros a assaltos.
O Superintendente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), administradora da Ceasa, Eugênio Martins, defendeu que essa regra não é atual: “A Ceasa funciona há 40 anos no mesmo horário, ou seja, em dias de feira ‘mais forte’ os portões são abertos às 04h para permissionários”, diz ele.
Já o comerciante que entrou em contato com o Aratu Online acusa uma diretora da Ebal pelas novas regras: “Rejane chegou há dias lá e já fez essa norma”, opinião que Eugênio contesta: “Ela não tem nada a ver com os horários”, diz. Ele também tem uma versão sobre o que aconteceu para a formação das filas fora do local: “a flexibilização na portaria fazia alguns comerciantes entrarem antes do horário, mas não temos condições de dar segurança a todos de madrugada dentro da Ceasa”, conclui.
Em relação aos assaltos, o Superintendente da Ebal concorda com o denunciante: “Já tomei conhecimento dos assaltos e pedi à Polícia Militar para aumentar o número de rondas nas imediações”.
A Polícia Militar disse que o policiamento na região é realizado durante o dia e a noite com emprego de viaturas em radiopatrulhamento pela 49ª CIPM/São Cristóvão. A unidade conta ainda com o apoio operacional da Rondesp Atlântico.
Na região da CEASA, ainda segundo a PM, há o emprego de viaturas em horários pré-estabelecidos, justamente por causa do movimento do comércio.
A Polícia Militar reiterou que não foi solicitada pela 49ª CIPM para atender ocorrências de roubos na região, e disse que orienta que as vítimas registrem a queixa na delegacia da área, pois o policiamento é estabelecido de acordo com a mancha criminal.