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PARALIMPÍADA: Cerimônia de abertura será hoje; Seis atletas representam a Bahia nos Jogos

PARALIMPÍADA: Cerimônia de abertura será hoje; Seis atletas representam a Bahia nos Jogos

Por Da Redação

PARALIMPÍADA: Cerimônia de abertura  será hoje; Seis atletas representam a Bahia nos Jogosfalse

*Diego Adans


A contagem regressiva, enfim, terminou!


Pouco mais de 15 dias após o Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos, a cidade maravilhosa volta a ser palco de uma competição mundial: as Paralimpíadas 2016. A cerimônia de abertura está marcada para as 18h15 desta quarta-feira (6/9), no estádio do Maracanã. As disputas, por sua vez, iniciam-se somente amanhã (8/9).


Se nas Olimpíadas, a Bahia fez bonito – somando medalhas com Izaquias Queiroz (2 pratas e um bronze) e Erlon Souza (prata), ambos na canoagem; Robson Conceição (ouro), no boxe e Walace (ouro), no futebol, com a seleção brasileira de futebol sub-23) -, agora, o estado tem a chance de brilhar novamente. Afinal, ao todo, seis atletas paralímpicos baianos estarão na luta por medalha na capital carioca.


O Aratu Online conversou com alguns deles antes do desembarque dos mesmos no Rio de Janeiro. Em sua terceira participação nos Jogos Paralímpicos, Verônica Almeida foi uma delas. A nadadora é uma das fortes candidatas a subir ao pódio nos 5o m borboleta da classe S7.


Apesar de toda experiência – um bronze conquistado em Pequim (2008) e a presença em Londres (2012), Verônica se diz bastante ansiosa. “A expectativa é grande. Será minha terceira paralimpíada, sinto-me mais preparada. Mas não nego, estou com aquele friozinho na barriga. Quanto mais por ser aqui no Brasil, diante da torcida”, disse aos risos por telefone.


No vídeo abaixo enviado exclusivamente à reportagem, Verônica revela como foi a preparação para os Jogos.



Curiosamente, Verônica foi determinante na carreira de outro representante baiano, o paratleta Renê Campos.  “Uma vez encontrei Verônica na antiga piscina da Fonte Nova, logo quando ela voltou com o bronze de Pequim. Foi engraçado e decisivo. Na ocasião, ela estava com a medalha. Pedi para tocar, quando toquei, decidi que queria uma. Pronto, ali foi o divisor de água na minha carreira?, contou.


Natural de Itapetinga, Renê, que é médico, carimbou vaga na Paralímpiada após se sagrar campeão da final B da categoria ASM 1x no Mundial de Remo, realizado na cidade francesa de Chambery, em 2015. Apesar da façanha, o remador sabe o quão difícil será o torneio em águas cariocas.


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O médico de 36 anos é a maior chance para o Brasil faturar medalha no remo adaptado na classe AS (ombros e braços). Foto: Arquivo pessoal


“Terei que lutar contra atletas duros… da Ucrânia, da Inglaterra e da Austrália. No último campeonato, os representantes destes três países ficaram na minha frente, respectivamente. Mas não são só eles, tem competidores dos Estados Unidos, da China… enfim. Não será fácil, não. Mas espero contar com o apoio da torcida para fazer o meu melhor e faturar medalhas assim como fez o Izaquias (Queiroz) e o Erlon (Souza) na canoagem”, citou Renê, que vai debutar em sua primeira Paralimpíada.


A competição ocorre de hoje até o dia 18 de setembro. Diferentemente do que acontece no universo olímpico, o país já é considerado uma potência paraolímpica. Ao todo, a delegação verde amarela contará com 287 paratletas, um recorde para o país, que em Londres, por exemplo, levou 189 atletas.


Na Rio-2016, a meta traçada pelo CPB (Comitê Paralímpico do Brasil) é que a delegação termine a Paraolimpíada entre as cinco melhores da classificação geral, utilizando como critério o total de medalhas de ouro.


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Em 2015, no Jogos ParapanAmericanos disputados no Canadá, o Brasil venceu a Argentina na final por 2×0. Gols de? Pois é… Jefinho (camisa 7) e Ricardinho.


Uma delas pode vir justamente do futebol de 5, onde há mais dois representantes baianos: Cássio e Jefinho – o também baiano Gledson da Paixão Barros acabou cortado da seleção por conta de uma lesão de ligamento no tornozelo direto.


Só para se ter ideia de quão bom é o futebol verde amarelo, desde que o futebol de 5, praticado por atletas com deficiência visual, foi incluído nos Jogos Paralímpicos, em 2004, a equipe brasileira foi a única a conquistar medalhas de ouro na modalidade. Os atletas brazucas subiram no degrau mais alto do pódio em Atenas (2004), Pequim (2008) e Londres (2014) e, neste ano, querem conquistar o tetracampeonato paralímpico no Rio de Janeiro.


Natural de Candeias,  Jeferson Conceição Gonçalves, o Jefinho, que já foi eleito o melhor jogador do mundo em 2010, espera reeditar, ao lado de Cássio Lopes, o ouro em Londres-2012. “Pois é…o destino nos colocou juntos de novo nessa disputa. Nossa expectativa é a melhor possível, pois é uma competição em casa. Espero o apoio da torcida carioca, que já tive o prazer de conhecer quando fomos campeões pan-americano em 2007, lá mesmo, no Rio de Janeiro”.




No atletismo,  a Bahia tem mais outras duas representantes. Curiosamente, ambas não moram no estado. São elas: Raíssa Rocha, do dardo na classe F56, que é atual vice-campeã mundial e mora em Uberaba-MG. A outra é Tascitha Cruz, que mora no Rio de Janeiro. Ela  ficou em 4º nos 100m da T36 no Mundial do Catar, no ano passado.


Agora, só nos resta torcer…





SAIBA UM POUCO MAIS DOS REPRESENTANTES BAIANOS NA PARALÍMPIADA:

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Jeferson Conceição Gonçalves (Jefinho) – Nasceu em 5 de outubro de 1989, em Candeias, e aos 7 anos perdeu a visão em decorrência de glaucoma. Antes de ser o talento do Futebol de 5, passou pela natação e atletismo. Em 2010 foi eleito melhor jogador do mundo. Com a Seleção Brasileira, o ala direito foi bicampeão Paraolímpico, em Pequim (2008) e Londres (2012). O jogador tem 1,65m de altura e 66 quilos.


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Cássio Lopes dos Reis – Natural de Ituberá e nasceu em 15 de maio de 1989. O zagueiro perdeu a visão aos 14 anos por causa de um deslocamento de retina seguido de catarata. Praticante de esportes quando criança, passou a jogar o Futebol de 5 com 20 anos. Foi Campeão Mundial em 2010, e ouro no Parapan de Gudalajara (2011) e nas Paraolimpíadas Londres (2012). Tem 1,81m de altura e 75 quilos.


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Verônica Mauadie de Almeida- Soteropolitana, nasceu em 15 de maio de 1975. Teve perda de força nos membros inferiores e limitação na rotação do braço direito em 2007, provocado pela Síndrome de Ehlens Danlos. Aos 5 anos de idade, iniciou na natação. Nadou por 15 anos, mas parou devido à doença. Aos 30, retornou ao esporte por recomendação médica. Passou a competir em 2007, na classe S10. Tem 1.53 m de altura e 53 quilos. Suas principais conquistas são bronze no Mundial de Natação de Eindhoven (2010), bronze nos 50 metros borboleta, nos Jogos Paralímpicos de Pequim (2008).


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Renê Campos Pereira- Natural de Itapetinga, nasceu no dia 27 de junho de 1980. Vencedor da final B da categoria ASM 1x no Mundial de Remo, realizado na cidade francesa de Chambery, garantiu vaga nos Jogos ParalímpicosRio 2016. Formado em Medicina (psiquiatria), sempre praticou esporte. Jogou futebol, karatê e tênis. Quando fazia residência no Hospital São Rafael, em Salvador, descobriu uma infecção na medula provocada pela bactéria staphylococos, quelhe deixou paraplégico.


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Raissa Rocha Machado – Nasceu em 17 de maio de 1996, em Ibipeba. Teve má formação congênita nas pernas e possui movimentos limitados.Como não conseguia esticar totalmente as pernas, começou praticandoginástica rítmica e ballet. Aos 14 anos, iniciou no atletismo e, desde então, vem se destacando na modalidade. Na Classe F56, conquistou ouro no lançamento de dardo; prata nos 100 metros e bronze no arremesso de peso, nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens da Argentina, em 2013. Tem 1,56 metros de altura e 42 quilos.


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Tascitha Oliveira Cruz- Nasceu em Salvador, no dia 30 de janeiro de 1993. Foi prematura e, com isso, adquiriu a encefalopatia bilirrubínica, ficando com paralisia cerebral. Em 2005, iniciou na ginástica olímpica, passando depois a praticar capoeira e dança. Se firmou no atletismo aos 19 anos, na classe T36, e fez sua estreia nos Jogos Parapan-Americanos. Tem 1,55 metros de altura e 52 quilos.


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