Com conquistas na quadra, jogadoras de vôlei da Turquia viram alvo da extrema-direita do país
Atletas se tornaram símbolo da modernidade e são atacadas por conservadores
Divulgação
O título europeu da Seleção Turca de Vôlei Feminino se tornou um dos assuntos mais celebrados e comentados no país nas últimas semanas. Entretanto, apesar do clima de celebração da população em relação ao feito histórico, membros do partido ultra-conservador AKP - o mesmo do presidente Recep Erdogan - passaram a aumentar o seu ataque à equipe e suas atletas.
Antes mesmo da final do torneio, que deu o título a Turquia, o ex-prefeito de Ancara, Melih Gokcek, exigiu que a jogadora Ebrar Karakurt fosse expulsa do país por conta do fato da mesma ser assumidamente lésbica e postar fotos com a sua namorada nas redes sociais. E este é apenas um dos casos de ataque ao qual sofrem as atletas do selecionado. Em 2021, durante os Jogos Olímpicos, o clérigo Ihsan Senocak pediu para que a equipe não fosse mais chamada de Sultanas da Rede, apelido oficial da seleção.
Em contrapartida, a vitória das turcas nas atuais competições como Liga das Nações e o Campeonato Europeu fazem com que as jogadoras se tornem símbolo da modernidade e dos preceitos da construção do país. "Como mulheres turcas, tentamos ser modelos para as gerações futuras, iluminado o caminho que o fundador da república nos mostrou", afirmou Zehra Gunes durante a campanha continental.
Gunes se refere a Mustafa Kemal Ataturk, fundador da República da Turquia e que modernizou o país, distanciando-o das práticas e sistema de governo do anterior Império Otomano. Além de abolir o califado, tornou o país laico (separando a religião da constituição), dando direitos civis às mulheres e introduzindo o vestuário ocidental, o alfabeto latino e a industrialização em toda a nação.
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Gunes se refere a Mustafa Kemal Ataturk, fundador da República da Turquia e que modernizou o país, distanciando-o das práticas e sistema de governo do anterior Império Otomano. Além de abolir o califado, tornou o país laico (separando a religião da constituição), dando direitos civis às mulheres e introduzindo o vestuário ocidental, o alfabeto latino e a industrialização em toda a nação.
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