FUTEBOL: Ricardo Teixeira recebeu propina para votar no Catar, aponta relatório da FIFA

27/06/2017 21h13Atualizado em: 27/06/2017 21h13

Reprodução

Um inquérito promovido pela Fifa sobre a compra de votos para a escolha do país sede da Copa do Mundo de 2022 revelam que Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, recebeu 2 milhões de euros para votar no Catar. Ainda segundo as investigações, o dinheiro foi depositado em nome da filha de Teixeira, de apenas 10 anos na época. A suspeita é de que o dinheiro poderia ser parte de um esquema de compra de apoio por parte do país árabe.

As informações estão presentes no ?Relatório Garcia?, dossiê produzido por Michael Garcia, investigador que a Fifa contratou para apurar as suspeitas de ilegalidade há cinco anos sobre os processos de licitação para as sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022, e foi divulgado nesta terça-feira (27/6) pela entidade. O norte-americano, que hoje é juiz em um tribunal de apelação de Nova York, chegou à constatação de que havia indício forte de que o Catar havia comprado os votos para sediar o evento.

Apesar dos fortes indícios, o documento elaborado por Garcia nunca foi divulgado ela Fifa, diante da decisão da entidade de engavetar as suas descobertas sem qualquer tipo de condenação, Michael Garcia pediu demissão em 2014. Poucos foram processados e o Catar jamais perdeu o direito de sediar o torneio. O jornal alemão Bild teve acesso aos documentos e começou a revelar os detalhes do documento.

De acordo com o jornal, mesmo arquivado, foi o trabalho de Michael Garcia que serviu de base para que, nos Estados Unidos, o FBI iniciasse os trabalhos ainda em 2014 para sair em busca dos suspeitos de corrupção no futebol mundial.

O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é um dos indiciados no Brasil, mas sem viajar para o exterior, não pode ser extraditado. O brasileiro está sendo investigado nos Estados Unidos, na Suíça e na Espanha por diversos delitos enquanto ocupava a presidência da CBF.

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