“MAIS UM, BAHIA”: DEZ momentos ‘PARA QUE TÁ FEIO’ do presidente Marcelo Sant’Ana à frente do tricolor

“A Série B é passageira”….

Então dizia o jornalista Marcelo Sant’Ana na noite do dia 17 de dezembro de 2014.

Na ocasião, Sant’Ana era empossado novo presidente do Bahia. O discurso recheado de promessas e de positividade, no entanto, contrasta com o atual momento do clube. Na última terça-feira (5/7), o time azul, vermelho e branco somou a sexta derrota nos últimos sete jogos na Série B Desta vez, perdeu por 1 a 0 diante do Vila Nova em plena Fonte Nova.

O reflexo da derrota não se resumiu apenas à posição na tabela ? o Bahia ocupa, momentaneamente, a nona colocação e ainda corre risco de perder outras posições após o término da 15ª rodada. Provocou também a ira da exigente torcida tricolor, que cobra providências do mandatário.

Não é a primeira vez que Sant’Ana é alvo de contestação. E não é à toa. Afinal, em atuais 571 dias à frente do clube, o jornalista apesar de promover inúmeras mudanças positivas na parte administrativa do clube, acumula algumas ‘mancadas’. O Aratu Online listou pelo menos 10 delas.

Confira!

1.NOVELA JAEL

Quem não se lembra da novela : Jael x Bahia? Decisivo no acesso do Tricolor de Aço na Série B de 2010, o atacante Jael era visto como o grande reforço para a temporada 2015. Ele teve, inclusive, seu retorno confirmado em matéria publicada no site oficial do clube. Dias depois, a negociação acabou não saindo do papel. O atacante, que defendeu o Esquadrão de Aço entre 2010 e 2011, acabou ficando no Joinville para raiva da torcida tricolor.

2.ROMPIMENTO: BAHIA X ARENA FONTE NOVA

A gestão de Marcelo Sant’Ana também teve espaço para polêmica. Quem não se lembra da ‘DR’ entre Bahia e Arena Fonte Nova? O teórico fim de relacionamento, teve seu ápice no dia 30 de março de 2015. Na ocasião, o dirigente surpreendeu a todos e, em comunicado, rompia relações com a Fonte Nova. O estádio de Pituaçu passaria então a ser a nova casa.

?O Bahia comunica que, a partir de agora, seu mando de campo oficial volta a ser Pituaçu, estádio público utilizado por clubes da capital e do interior. O Bahia continua disposto a negociar para jogar na Fonte Nova, desde que o consórcio valorize e respeite a torcida tricolor. Quem dá vida ao estádio é a torcida do Bahia?.

O ‘zum zum zum’ durou quase nada. Após pouco mais de 72 horas , com mediação do Governo do Estado, o ‘namoro’ entre Bahia e Fonte Nova havia sido reatado.

3.CAMPANHA SÉRIE B 2015

Então tido como forte candidato ao acesso à elite nacional  em 2016, o time azul, vermelho e branco foi só decepção na disputa do certame nacional. O triste fim foi sacramentado com duas rodadas de antecedência após derrota para o já rebaixado Boa Esporte, por 3 a 0, no Estádio Melão, em Varginha (MG). Não abastasse ter encerrado a disputa nacional em nono lugar, o Bahia ainda teve que ‘aturar’ as gozações dos rivais rubro-negros.

Afinal, o Vitória não fez feio e, ao contrário do Tricolor, ascendeu à Série A, em terceiro.

4. CHARLES FABIAN

Ídolo da torcida, o ex-atacante Charles acabou ‘fritado’ na gestão Sant’Ana. Com boas passagens no comando do time sub-20, Charles, que também atuou como auxiliar técnico permanente e treinador interino no tricolor, acabou assumindo um ‘enorme abacaxi’ ao final da decepcionante campanha na Série B 2015.

Após a demissão do então técnico Sérgio Soares, ele assumiu o time restando oito rodadas para o fim do certame nacional. Na ocasião, tinha “total confiança da diretoria”. Ficou à frente do time por seis partidas. Somou apenas dois triunfos, um empate e três derrotas. O baixo rendimento resultou no fim das chances de acesso do Bahia para a Série A e mudança no discurso: “Faremos a troca de treinador. Charles, que ainda é funcionário, entrará de férias”, dizia Sant’Ana. No retorno ao Fazendão, o ex-atacante deixou o clube.

5. BA-VI

Após assumir à presidência tricolor, Sant’Ana acabou alvo predileto de provocações da torcida do Vitória. Foram vários memes, montagens… Mas, a principal afronta se resumiu à ‘fama de pé frio do presidente tricolor’, principalmente, nos clássicos Ba-Vis. Não era por menos.

Em 2015, por exemplo, apesar de ter sido campeão Baiano, o mandatário não conseguiu vencer os rubro-negros na disputa estadual. No mesmo ano, só que na Série B foi derrotado outras duas vezes. A ‘virgindade’ só foi perdida na derradeira partida do Campeonato Baiano deste ano, na qual o Tricolor venceu por 1 a 0, mas não levou o troféu.

Antes disso, porém, o time azul, vermelho e branco já somava duas derrotas para o arquirrival no Estadual 2016.

6. VICTOR RAMOS

O presidente tricolor também se envolveu em outra polêmica com o arquirrival.

Desta vez, a polêmica teve início nas quartas de final do Estadual, quando a possível escalação irregular do zagueiro Victor Ramos ganhou as manchetes do jornais.

A direção tricolor alegava que o defensor, que tem contrato com o Monterrey, do México, não poderia disputar o estadual por ter vindo de uma transferência internacional e ter sido inscrito fora do prazo. O Leão, por sua vez, afirmava  que a transferência foi nacional.

O caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva. no entanto, o relator Ronaldo Botelho, decidiu arquivar o inquérito aberto. Resultado: mais chacota. Após faturarem o titulo baiano, os jogadores do Vitória não perdoaram. Na comemoração, o zagueiro Victor Ramos e o goleiro Caíque vestiram uma máscara com o rosto do presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, em lágrimas.

7. ARBITRAGEM

Após o Bahia ser eliminado da Copa do Brasil pelo América-MG , o dirigente tricolor não poupou criticas à arbitragem brasileira por uma série de erros contra o Esquadrão.

“O trabalho de Departamento de Árbitros, do jeito que está, vai naufragar a CBF. É uma incompetência absoluta do Departamento. Tomara que o uso de vídeo minimize esse escândalo que vem sendo a arbitragem brasileira. Nos jogos do Bahia, vem sendo notório”, disse à época.

A atitude foi encarada, mais uma vez, como ‘chororô’.

8. TIMES DA SÉRIE C

A derrota de ontem (6/7) por 1 a 0 para o Vila Nova rendeu ao Bahia não só um distanciamento ainda maior do sonhado G-4, mas, também, a constatação de um fato nada agradável.

O time comandado pelo técnico Guto Ferreira perdeu para todos os times que ascenderam recentemente da Série C. Além do Vila Nova, o Tricolor sucumbiu diante do Tupi, Londrina e Brasil, curiosamente, pelo mesmo placar: 2 a 1.

9. CAMPANHA SÓCIOS

Apresentado com pompas em fevereiro de 2015, o diretor de mercado do clube, Jorge Avancini, chegou ao Bahia com meta clara: “alcançar os 50 mil sócios”. Doce ilusão…. Apesar das diversas iniciativas, promoções e ações do marketing, o número está muito aquém do esperado. Tudo bem que a crise a qual vive o país, compromete. Mas é preciso cuidado com as promessas.

10. ALEXANDRE FARIA

Outra contratação ‘extracampo’ do presidente Marcelo Sant’Ana que não teve êxito foi o diretor Alexandre Faria. Após o fracasso na Série B, o diretor de futebol ? que ao logo da temporada, fez 23 contratações ? foi, junto com o técnico Charles, as primeiras mudanças do tricolor para 2016.

Curiosamente, na época, Faria revelou ter sido pego de surpresa, já que tinha sido procurado pela diretoria do Bahia para renovar contrato. ?Conversamos de renovação, mas os resultados dos últimos jogos (derrota para Santa Cruz e Boa, e empate contra o ABC) colocaram tudo por água abaixo. Não queria sair porque sei que uma semente foi plantada e será colhida em 2016. Fiquei muito triste. Não esperava isso. Sei da responsabilidade, mas não queria sair. Enfim, cabe a mim respeitar?, dissera.