Por Liédson, jornalista derrota presidente da Federação Bahiana de Futebol na Justiça; Entenda!

O jornalista Oscar Paris obteve, em segunda instância, a absolvição do processo movido contra ele pelo presidente Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues.

Paris foi processado por calúnia e difamação por Rodrigues em 2008. Na época, o ex-apresentador do programa Cartão Verde, da TVE, publicou reportagens no programa e textos em sua coluna, em A Tarde, nas quais informava que a FBF teria feito “supostas irregularidades” nos documentos do ex-atacante Liedson ? quando o mesmo se transferiu do Corinthians para o Sporting Lisboa, de Portugal.

Os três desembargadores da 2ª Câmara Criminal não viram delito na ação do jornalista.

A decisão foi comemorada por Oscar Paris. ?Nosso papel como jornalista é este: mostrar a verdade. Fico feliz pela situação, mas não é algo definitivo ainda?, ressaltou.

Em julho do ano passado, Oscar já havia obtido êxito. Na ocasião, o juiz Cláudio Cesare Braga Pereira, da 10ª Vara Criminal, julgou o caso e não só absolveu Oscar como ainda disse, na sentença, que “agiu dentro dos limites do direito constitucional da liberdade de expressão”.

Em verdade, Ednaldo Rodrigues moveu sete processos contra Oscar Paris pelo mesmo motivo. O juiz Cláudio Cesare juntou todos num só.

Ao ser questionado pelo Aratu Online sobre essa nova derrota judicial, Rodrigues, num primeiro momento, mostrou desconhecer do assunto. Em seguida, porém, afirmou que irá recorrer do veredicto. ?Não estava sabendo de nada. Mas eu vou entrar novamente com um recurso. Dentro das normas jurídicas, irei acionar meu setor jurídico e vou recorrer?, ressaltou.

O caso

Em dia 8 de outubro de 2008, o promotor Ramires Tyrone Carvalho, do Ministério Público, denunciou à justiça Ednaldo Rodrigues. Na ação penal ajuizada, o promotor acusara Ednaldo de ter cometido o crime de falsidade ideológica em 2005, quando alterou dados de uma certidão relativa ao histórico de Liedson (ex-Flamengo e Corinthians).  O dirigente foi acusado de fraudar uma certidão do jogador, então com 30 anos, na qual constava que ele fora formado nas divisões de base do time do Poções.

O presidente da FBF foi acusado de alterar a certidão do jogador para constar que ele tinha atuado no Poções, entre 15 de agosto de 1993 e 6 de setembro de 2000. Mas, na verdade, o jogador tinha atuado na Liga Valenciana entre 1995 e 1999.

A funcionária do Departamento de Registro da Federação, Maria Balbina Barbosa de Sousa, prestou depoimento à polícia e confirmou a acusação contra o chefe e disse que foi obrigada por ele a assinar o documento adulterado. Liedson não foi denunciado porque não sabia da adulteração do documento. Somente em 2006, a FBF produziu um novo documento com informações corretas, quando foi notificada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).