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Brasil bate EUA e segue vivo na Liga Mundial de vôlei

Brasil bate EUA e segue vivo na Liga Mundial de vôlei

Por Da Redação

Brasil bate EUA e segue vivo na Liga Mundial de vôleiDivulgação CBV

Se algo marcou a vitória do Brasil por 3 sets a 1 (28/26, 22/25, 25/22 e 27/25) sobre os Estados Unidos nesta quinta-feira (16), no Maracanãzinho, foi a vibração dos donos da casa. Bruninho, Isac e até jogadores mais contidos, como Murilo e Lucão, mostraram com gritos, expressões e veias saltadas o quanto a partida era relevante para os anfitriões, que haviam perdido para a França na estreia da fase final e dependiam de um triunfo para seguirem com chances na Liga Mundial. E se o mais relevante na vitória verde-amarela foi a vontade, ninguém simboliza melhor o que aconteceu na partida do que o ponteiro Lipe.


Entre os reservas da equipe comandada por Bernardinho, o camisa 12 é o único que não fica na área de aquecimento. Em vez disso, participa do jogo o tempo todo. No banco, conversa com a comissão técnica, dá dicas aos companheiros na quadra e vibra. Vibra muito.


Assim que a partida acabou, o ponteiro tomou o microfone do animador oficial do Maracanãzinho e foi para o meio da quadra agradecer o apoio da torcida. “Muito obrigado, galera, pela ajuda de vocês. A gente precisa muito de vocês, a gente vai ganhar esse título em casa.”


Foi a partir da entrada de Lipe no lugar de Murilo, no fim do terceiro set, que o Brasil mudou. Até então, o time vinha sendo carregado no ataque pelo ponteiro Lucarelli, principal opção do levantador Bruninho em toda a partida. O camisa 18 também era o único que conseguia levantar o Maracanãzinho a cada ponto.


Lipe mudou isso. Em quadra, o camisa 12 era o primeiro a comemorar a cada ponto. Quando foi acionado, mostrou no ataque a mesma energia. Não por acaso, a torcida presente no ginásio gritou o nome do ponteiro em grande parte do quarto set.


Com o resultado desta quinta-feira, o Brasil segue vivo na Liga Mundial e agora aguarda o resultado de França x Estados Unidos. A equipe da casa se classifica para as semifinais se os gauleses vencerem por qualquer placar ou os norte-americanos fizerem 3 a 0 ou 3 a 2. Em caso de triunfo dos norte-americanos por 3 a 1, a definição da vaga será no saldo de pontos.


Fases do jogo


Com um ginásio bem mais cheio do que na véspera, o Brasil apresentou duas armas no primeiro set do confronto com os Estados Unidos: a pressão oriunda das arquibancadas e o ponteiro Lucarelli. A distribuição do levantador Bruninho priorizou o camisa 18, que se mostrou o mais eficiente entre os atacantes dos anfitriões. Prova disso é que os melhores momentos dos norte-americanos aconteceram nas passagens em que ele não estava na rede.


A dependência de Lucarelli, contudo, é apenas parte da história do Brasil no primeiro set. A exemplo do que havia acontecido na derrota para a França, o time da casa sofreu pela irregularidade do saque. A despeito de ter forçado pouco, foram seis serviços errados, o que reduziu consideravelmente a pressão sobre os norte-americanos e equilibrou a parcial até o trecho derradeiro.


Bernardinho chegou a colocar o ponteiro Lipe no lugar do central Lucão para um saque no fim do primeiro set, mas o camisa 12, que havia sido muito eficiente no fundamento contra a França, mandou a bola na rede. Ainda assim, o Brasil conseguiu fechar a parcial com vitória por 28 a 26.


O roteiro do segundo set praticamente repetiu o que havia acontecido na primeira parcial. O Brasil apresentou um saque irregular, deslocou pouco os passadores dos Estados Unidos e sofreu com a defesa rival. Entretanto, a equipe da casa tinha Lucarelli, responsável por praticamente todos os momentos em que o público levantou nas arquibancadas do Maracanãzinho. Graças a ele, o duelo seguiu igual até o trecho final, quando erros de Evandro e do próprio Lucarelli em contragolpes deram aos norte-americanos a vitória por 25 a 22.


O Brasil mudou um pouco o ritmo no terceiro set e passou a usar mais o oposto Evandro, até então pouco acionado no ataque. Entretanto, os norte-americanos seguiram mais regulares ? saque mais forçado, menos erros e contragolpes mais consistentes. O time da casa chegou a estar em desvantagem, e o andamento do duelo só mudou quando Bernardinho trocou o ponteiro Murilo por Lipe, outro daqueles que vibram de forma efusiva e carregam torcida e time. Insuflados pela presença do camisa 12, os anfitriões cresceram na fase final, venceram por 25 a 22 e fizeram o Maracanãzinho explodir no ponto decisivo marcado por Lucarelli.


A entrada de Lipe, aliás, mudou o ambiente. Carismático e expansivo, o camisa 12 deu nova cara ao Brasil no quarto set. Com ele e um público muito mais participativo, o Brasil chegou a abrir 15 a 9 e conduziu a parcial para uma vitória por 27 a 25. Com a energia do camisa 12, o sonho da Liga Mundial segue vivo.


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