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Inflação, poder de compra, aumento real: por qual motivo R$ 1 vinha quatro pães e agora vem bem menos? Explicamos

A inflação baixa tende a ser ruim para o mercado, enquanto inflação alta é ruim para o consumidor

Por Da Redação

Inflação, poder de compra, aumento real: por qual motivo R$ 1 vinha quatro pães e agora vem bem menos? Explicamosilustrativa/pexels

A palavra “inflação” volta e meia surge no vocabulário do brasileiro como algo assustador, que está sempre “descontrolada” e faz tudo ficar mais caro. Esse termo ainda vem acompanhado de outros ainda mais estranhos, como “poder de compra” e “aumento real” – e o Aratu On Explica chegou para descomplicar esses termos e mostrar como isso impacta na sua vida.


Falando de uma maneira bem simples, inflação é o nome que se dá quando o dinheiro começa a perder valor. Qualquer moeda sempre tem inflação. O Banco Central leva em conta diversos aspectos, como o preço que cada célula custa para ser impressa, para que os preços aumentem na mesma proporção.


Quando a inflação é baixa, isso costuma ser ruim para o mercado, pois se você sabe que aquele preço não vai aumentar e pode até cair, você não compra o produto, fazendo menos dinheiro circular.


A inflação alta, por outro lado, faz com que os preços aumentem muito. Em outras palavras, é normal que um produto aumente de valor em um determinado tempo, como um pacote de salgadinho que dobra de preço em um prazo de cinco anos, mas quando esse encarecimento é rápido, é um sinal de que a inflação está descontrolada.


Economistas preveem que, em 2021, o índice do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, deve ficar acima dos 7%. O número é maior do que o esperado pelo governo, mas ainda não chegou ao patamar de causar real preocupação no bolso dos brasileiros.


O Ministério da Economia tem planejado uma série de medidas para conter a inflação antes que isso aconteça.


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PODER DE COMPRA


O maior impacto da inflação está associado ao “poder de compra do consumidor”. Em termos simples, o poder de compra é o quanto o cliente consegue adquirir com determinado valor. Por exemplo, com R$1, o baiano costumava comprar quatro pães, mas ultimamente essa quantia tem sido a conta para apenas três pães.


Quando a inflação faz com que os preços aumentem mas o valor do salário minímo não é reajustado, o consumidor passa a ter menos poder de compra, pois seu dinheiro não é suficiente para obter a mesma quantidade do produto.


Por outro lado, se o salário aumenta muito, as pessoas ficam mais tranquilas em pagar mais do que o de costume e o vendedor, ao perceber isso, tende a aumentar ainda mais o preço – conforme a “lei da oferta e a procura”, quanto mais as pessoas estiverem dispostas a pagar, maior será o lucro do empresário.


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AUMENTO REAL


A discussão sobre o reajuste do salário mínimo comparada a inflação leva a outro termo: “aumento real”. Na prática, para que o consumidor realmente tenha aumento, ele precisa que o valor recebido mensalmente dê para ele comprar mais do que a quantidade que ele costumava comprar – ou não terá acontecido um aumento real.


A proposta orçamentária do ano de 2022 enviada pelo Governo à Câmara sugere um salário mínimo de R$ 1.169 para o ano que vem. O valor é R$ 69 maior que o salário mínimo atual (R$ 1.100), representando acréscimo de 6,2% . Com essa valor é menor do que a previsão da inflação, pode não ocorrer aumento real.


Confira os último aumentos de sálario por ano



  • 2021  - R$ 1.100,00 (5,2%)


  • 2020 - R$ 1.045,00 (4,7%)


  • 2019 - R$ 998,00 (4,6%)


  • 2018 - R$ 954,00 (1,8%)


  • 2017 - R$ 937,00 (6,48%)


  • 2016 - R$ 880,00  (11,6%)



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