Mesmo com pandemia, baianos criaram empresas em 2020 e setor empresarial no estado cresceu
Avanço foi puxado exclusivamente pelo crescimento das microempresas (com até 9 pessoas ocupadas). Elas são 9 em cada 10 unidades locais ativas no estado.
Em 2020, mesmo com a pandemia, o número de unidades locais de empresas formais na Bahia aumentou em relação ao ano anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço do setor empresarial baiano foi concentrado exclusivamente entre as microempresas [que têm até nove pessoas ocupadas] e representam quase nove em cada 10 unidades locais empresariais ativas no estado.
Esse é segundo crescimento consecutivo do setor empresarial no estado. Em 2020, havia 255.536 unidades locais de empresas ativas na Bahia, onde trabalhavam 2.470.885 pessoas, sendo 2.166.084 empregados e 304.801 proprietários/sócios. Em 2019, havia 251.438 unidades locais empresariais, o que representou um crescimento de 1,6% entre um ano e outro, ou um saldo positivo de 4.098 novas unidades ativas no estado, no período.
A Bahia é o estado com mais unidades locais de empresas no Norte-Nordeste, tendo o sétimo maior número do país. Mesmo assim, todas as unidades da Federação viram seu setor empresarial crescer entre 2019 e 2020 e a Bahia teve o menor crescimento percentual do país. Considerando o saldo positivo de unidades no estado (+4.098), a Bahia sobe um pouco no ranking e fica no 15º do país.
HISTÓRICO
Apesar do maior número de unidades locais na Bahia, o setor empresarial do estado, em 2020, estava ainda 6,5% abaixo do registrado em 2013 (273.238 unidades), auge do estado na série histórica do IBGE, iniciada em 2006. Em sete anos, o setor apresentou um saldo negativo de -17.702 unidades locais de empresas ativas.
MICROEMPRESAS
O IBGE ressaltou que o aumento em solo baiano foi puxado exclusivamente pelas empresas de menor porte, com até nove pessoas ocupadas. Esse grupo de microempresas representa quase 9 em cada 10 unidades locais empresarias no estado (87,8% do total ou 224.448 em números absolutos) e teve um saldo positivo de mais 5.997 unidades funcionando, entre 2019 e 2020, que representou um crescimento de 2,7% no total.
Em todos os demais grupos de empresas por porte, houve queda do número de unidades. As pequenas (de 10 a 49 ocupados) perderam 1.781 unidades, chegando a 26.508 em 2020 (10,4% do total em atividade na Bahia). As grandes empresas (de 50 a 249 ocupados) encolheram em 104 unidades, chegando a 3.426 (1,3% do total). Já as empresas com 250 ocupados ou mais perderam 14 unidades, chegando a 1.168 (0,5% do total).
EMPREGO
Mesmo aumentando de tamanho, setor empresarial baiano empregou, em 2020, 32.125 pessoas a menos do que em 2019. Isso significa uma queda de 1,3% no pessoal ocupado. Foi a segunda redução consecutiva no indicador para o estado e a quinta maior do país.
Após as duas quedas consecutivas, o total de ocupados nas unidades empresariais baianas em 2020 era 4,8% menor do que em 2014 (2.594.727 pessoas), quando o emprego empresarial havia chegado ao seu pico no estado. Nesse período (2014-2020), o setor empresarial na Bahia teve perda líquida de 123.842 empregos.
SAÚDE
Talvez por conta da pandemia, o setor empresarial que mais cresceu foi o da saúde. Entre 2019 e 2020, o aumento no número de unidades locais de empresas ativas na Bahia (+4.098) se deu por conta de crescimentos em 14 dos 21 seções da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
No segmento de saúde humana e serviços sociais, foram 1.114 novas unidades locais na Bahia em 2020, frente ao ano anterior, chegando a um total de 18.609 (+6,4%). Houve uma série de cinco anos de aumento, desde 2015, o que fez esse setor se tornar o segundo mais representativo do estado, em número de unidades (era o sétimo em 2015).
Em todos os anos da série histórica, o segmento com o maior número de unidades empresariais na Bahia é o de comércio 3 reparação de veículos automotores e bicicletas, que respondia, em 2020, por 42,3% dos total no estado, somando 108.001 unidades locais, 797 a mais do que no ano anterior (+0,7%).
Do outro lado, a maior retração ocorreu em alojamento e alimentação, com menos 402 unidades (-2,9%), chegando a 13.281. Esta seção também foi a que mais colaborou para a queda geral no pessoal ocupado nas unidades locais no estado (-1,3%). Entre 2019 e 2020, houve uma redução de 18.905 pessoas ocupadas em alojamento e alimentação na Bahia, fazendo com que o número chegasse a 90.207, em uma queda de 17,3% em um ano.
Por outro lado, saúde humana e serviços sociais apresentou o maior aumento absoluto, com um incremento de 12.907 trabalhadores em um ano (+6,2%), fazendo com que o número chegasse a 219.526 pessoas ocupadas.
As empresas do segmento de comércio, reparação de veículos automotores e bicicletas seguem sendo as que mais empregam na Bahia, com 530.118 trabalhadores, porém houve queda de 3,0% nesse número entre 2019 e 2020.
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