‘QUEM É VOCÊ’?: Artista lança álbum com pergunta intimista, retórica e irrespondível; O resultado é impressionante
‘QUEM É VOCÊ’?: Artista lança álbum com pergunta intimista, retórica e irrespondível; O resultado é impressionante
“Quem é você?”
Difícil passar incólume a um questionamento tão direto, pessoal e intransferível. Até os mais seguros, firmes de si e/ou falso modestos desmancham em uma incontrolável gagueira quando surpreendidos assim, de bate pronto.
Percebendo a força de tão embaraçosa pergunta, a cantora paulista Karin Martins lança a partir de 8 de julho “Quem é você?” — álbum que traz como música principal uma canção homônima.
Paulistana, hoje aos 30, Karin conta como foi a construção do seu processo criativo. “Estava com esta melodia há um tempo na cabeça. Aí, um dia, tocando violão, percebi que encaixava certinho na melodia a pergunta ‘Quem é você?’. Comecei a viajar nesta ideia. E aí fui percebendo que ‘Quem é você?’, apesar de ser uma pergunta muito objetiva, as pessoas não conseguem responder tão objetivamente assim”, diz.
Aproveitando o gancho oferecido pela artista, devolvo a ela exatamente a mesma interrogação que norteia seu trabalho. “E quem é você, Karin?”, indago, por telefone.
A pergunta surpreende, pela firmeza. “Sou alguém muito persistente. É difícil viver de música no Brasil. Mas é um sonho meu e luto por isso todos os dias”, conta.
Karin se diz filiada ao gênero da MPB, mas busca inspirações forasteiras em suas composições. A banda norte-americana Aerosmith é uma das mais visitadas neste processo produtivo. Na contramão, Lenine, o Jazz e o baiano Caetano Veloso recebem também lugar de destaque em sua estante musical.
“Sou muito ‘Caetanística’. Nossa! A força das letras dele, das melodias. Herdei isso de minha mãe, que ouvia muito Caetano”, ri.
O álbum possui sete faixas autorais — sendo uma das músicas (“Castelo de Cartas”) escrita quando a cantora tinha apenas 14 anos. Formada em violão e canto, Karin se envaidece das críticas ao seu trabalho. “Escreveram uma reportagem dizendo que estamos reciclando a MPB. Acho isso bacana, porque buscamos isso de trazer novas referências ao gênero e experimentar novos sons”, pontua.
Firme em suas respostas sobre convicções, trajetórias e referências, talvez sem perceber, Karin dê algumas pistas da melhor forma de retrucar tão incômoda pergunta.
Afinal, o que somos nós além dessa mistura daquilo que acreditamos (convicções)? Da história que construímos (trajetória)? E daqueles que nos inspiram (referências)?
Então, “quem é você?”
Serviço:
Karin Martins ? Quem é você ?
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