“Ó PAÍ Ó”: Sir Paul McCartney agita a galera na Fonte Nova em dia que entra para a história

?E aí Salvador, beleza!?. Essas foram as primeiras palavras de Paul McCartney dirigidas ao público que foi prestigiar o ídolo na Arena Fonte Nova. Ele havia terminado de cantar a segunda música da noite de uma sexta-feira ? 20 de outubro de 2017 ? que, certamente, ficará marcada na lembrança de milhares de pessoas.

O início da apresetação do ex-beatle estava previsto para as 21h30. Paul entrou em cena às 21h45. O atraso não foi daqueles capaz de baiano perceber. Porém, a pontualidade não foi britânica. Bobagem! E daí? Quem ligou pra isso? O que todos vão falar, sempre que for possível comentar, é que Paul arrasou!

Em quase três horas de show, o ex-beatle, de 75 anos, contagiou, agitou, emocionou e fez cantar sua plateia repleta de fãs apaixonados. Bem-humorado, Sir Paul McCartney, ao longo da noite, foi  disparando um ?baianês? que, provavelmente, aprendeu em um intensivo pré-show.

?Vocês são massa!?, largou depois de cantar ?And I love Her?, quando exibiu um rebolado, um tanto desengonçado, que arrancou gritos e aplausos da galera. ?Finalmente eu vim pra Bahia!?, disse Paul com a certeza de quem sabia o quanto era esperado. Era só ver o rosto de one on one, ops! ? um a um ? daqueles que o assistia.

?Meu corpo está em lágrimas! Estou muito feliz por isso está acontecendo em Salvador. Isso é uma coisa que esperávamos há muito tempo, tem um sabor especial?, comemorou Erick Assman, integrante da banda ?Cavern Beatles?, cover do revolucionário grupo inglês.

De camisa preta, Erick Assman disse que o corpo estava em lágrimas. Foto: Dinaldo dos Santos

O ambiente era de muita alegria, transbordava harmonia e felicidade. Parecia que todos na arena faziam parte de uma só famíla. Alguns, no entanto, via-se que vieram da mesma casa. Entre eles, uma descoberta interessante: uma criança de dez anos, portadora de necessidades especiais se divertia, ora dançando no colo da mãe, ora cantando sobre os ombros do pai.

?Pedrinho é cadeirante e apaixonado por Beatles e Paul McCartney. Eu vim por causa dele!?, falou, emocionado, o empresário Antonio Carvalho, pai do garoto. ?Eu acho que eu vou chorar?, foi o que disse a criança à nossa reportagem, o suficiente para entender o quanto estava feliz. A família era representada por um grupo de seis pessoas que saiu, um dia antes, de Aracaju, apenas, com essa finalidade.

Na companhia dos pais, Pedrinho (10 anos) era só alegria. Foto: Dinaldo dos Santos

No palco, além da grande performance do astro da música pop, a plateia curtia o show complementar de animações cenográficas requintadas de recursos tecnológicos, dando um tom a mais ao espetáculo e contextualizando algumas das canções do setlist.

Animações contextualizaram o espetáculo. Fotos: Dinaldo dos Santos

Em um dado momento, uma grande explosão. Chamas se espalharam lá de cima, mas entre mortos e feridos, todos se salvaram. Era mais uma parte do show, envolvendo pirotecnia e alegria.

?Vocês são massa!?, havia dito, Paul, ao seu público durante a apresentação. E próximo ao final , a ?massa? não deixou por menos. Como tinha acontecido, em outras cidades brasileiras, nesta turnê, os fãs pediram licença para comandar o famoso ?NaNaNaNaNaNa? de ?Hey Jude?. As luzes que vinham dos celulares iluminavam a Arena Fonte Nova e o cântico do refrão celebrava a presença de um ídolo.

Logo em seguida, Paul McCartney, Rusty Anderson, Brian Ray, Abe Laboriel e Paul ?Wix? Wickens se despediram e deixaram pela primeira vez o palco baiano. Mas, em pouco instantes estavam de volta como se tudo fosse começar, outra vez. O ex-beatle cantou ?Yesterday? e perguntou: ?E aí, querem mais?? Nem precisou de resposta, engatou-se um ?Sgt Peppers? e mais umas cinco canções até o final do grande dia.

Fã sobe no palco e dança com Paul McCartney. Foto: Dinaldo dos Santos

Porém, quem ouviu uma série de baianês vinda do Sir Paul McCartney, não esperava o que havia sido reservado para o final. Após insistir com um cartaz, contendo uma expressão em inglês, pedindo para dançar com o beatle, uma soteropolitana, que se identificou como Yasmin teve acesso ao palco e realizou o seu desejo. Ao fim da performace da baiana, Paul, simplesmente, comentou: Ó Paí ó!