LINDO DEMAIS: Os motivos pelos quais amamos mais o Furdunço do que o próprio Carnaval
LINDO DEMAIS: Os motivos pelos quais amamos mais o Furdunço do que o próprio Carnaval
O Furdunço é hoje considerado, por muitos, uma festa melhor até do que o próprio Carnaval. Não tem cordas, blocos e todos tem acesso às fanfarras e microtrios que ocupam as ruas do circuito invertido Ondina-Barra.
Veja alguns motivos que transformaram a edição deste ano, ocorrida no último domingo (31/1) tão especial que tivemos dificuldade para sintetizá-la em cinco tópicos.
1. A presença das crianças
A festa começou por volta das 15h. Desde cedo, quando a presença do público ainda era tímida, quem fazia a festa na avenida eram os pequenos foliões. No local podia era farta a quantidade de cores vivas dos bonecões e pierrot, misturadas com as fantasia da criançada.
2. A volta da Caetanave
O cacique Carlinhos Brown surpreendeu ao aparecer com a pitoresca Caetanave. O trio lendário foi pensado por Orlando Tapajós (o nome, inclusive, que nomeia o circuito da festa) para celebrar o retorno de Caetano Veloso do exílio durante a Ditadura Militar. No chão, Carlinhos Brown cantou antigos sucessos e sentiu diretamente o calor do público.
Veja vídeo de Brown comandando o trio no chão:
3. A família Macedo
Pegando o pôr-do-sol, Armandinho, os irmãos Macedo e a simbólica fobica relembraram o Carnaval dos anos 1950. E se engana quem pensa que nesse momento eram somente os adultos que seguiam a pipoca da família Macedo. Grupos de jovens corriam em direção do Cristo e do Farol da Barra, fazendo valer o famoso “Chame Gente” e completando a festa de alegria.
4. A diversidade e mistura musical
O Furdunço recebeu ainda frevo, samba, pagode, o forró pé-de-serra e o reggae do Adão Negro. Figurinha carimbada da folia baiana, quando Durval Lelys desfilou com o trio independente o céu já estava escuro. Durante sua passagem, o “Rei Durvalino” deixou de lado a dancinha do vampiro e ergueu os braços para fazer a metralhadora da banda Vingadora junto com centenas de pessoas que acompanhava a sua pipoca.
5. O fenômeno Baiana System
Com o tic tac do relógio, as horas iam passando e a galera continuava no pique. Por volta das 20h, a Baiana System ligou o seu “playsom” e registrou um dos momentos mais marcantes do Furdunço. Misturando pessoas de todas as idades, estilos e classes, Russo Passapusso reforçou o sucesso do título de “Banda Revelação do Carnaval 2015” e arrastou a pipoca mais empolgada do Furdunço.
6. Mas infelizmente não podemos deixar de falar da violência
Seria lindo se tudo fosse lindo. Só festa e alegria. Mas não é. E não podemos fechar os olhos para as constantes cenas de violência que acontecem durante o circuito. São brigas, confusões e furtos. A polícia muitas vezes também é ríspida e afasta o folião na base de empurrões. Cenas lamentáveis que dão ao nome Furdunço uma nova conotação.
Polícia detém um homem envolvido em confusão no início do circuito, em Ondina