‘Fora Temer’, sintonia e alguns problemas fazem parte do show de 5 a seco em Salvador
‘Fora Temer’, sintonia e alguns problemas fazem parte do show de 5 a seco em Salvador
O fã soteropolitano de 5 a Seco viu sua espera por um show do grupo na cidade acabar ontem. Na estrada desde 2009, esta foi a primeira vez que a banda veio para capital baiana. O coletivo de compositores, como eles preferem ser chamados, estreou de forma admirável e lotou a Praça Tereza Batista, Pelourinho, na noite deste sábado (30).
Após uma banda de abertura pouco expressiva, Tó Brandileone, Vinicius Calderoni, Pedro Viáfora, Pedro Altério e Leo Bianchini (que já conversou com o Aratu Online), subiram ao palco já se declarando para o público: ?Desde que a gente começou não teve um dia em que a gente não pensasse ?por que a gente ainda não tocou em Salvador???. O show, composto por músicas do álbum ”Policromo?, de 2014, acabou deixando de lado alguns sucessos como ”Gargalhadas” e ”Feito Nós”. Os presentes, aparentemente, pareceram não se incomodar. Pelo contrário, cantaram sem descanso até a meia noite, quando os meninos cantaram a última música.
Com bateria, duas guitarras e um violão, o quinteto alterna ? em praticamente todas as canções -, quem toca o quê. Para quem assiste, essa dinâmica acaba ficando um pouco confuso em alguns momentos. A ‘confusão’, no entanto, só fica aparente quando o show já está na metade, não se consolidando um problema. Ao ver o exemplo de 5 a seco, pode até ficar mais fácil de entender o porquê da banda Roupa Nova, apesar de todos cantarem e comporem, manter fixa a formação no palco ? com perdão da comparação, é claro.
A sintonia entre público e banda talvez tenha sido um dos pontos altos do show. Em vários momentos, os integrantes pareciam não acreditar na ligação afinada entre ambos. Tó Brandileone, de queixo caído, correspondeu à animação dos baianos: ?Vocês são o público mais foda do Brasil?, declarou. No final das contas, apenas o espaço deixou a desejar. Em contraponto à vizinha Pedro Archanjo, a Praça Tereza Batista peca ? e muito! -, quando o quesito é o som. A situação foi tão crítica, que nem quando os artistas conversavam com a plateia, sem música nem nada, a voz se tornava totalmente audível.
Nada, no entanto, foi capaz de atrapalhar a alegria que fez parte da noite. Só restando uma dúvida: Por que não ter escalado o coletivo para tocar no Rock Concha, que ocorre neste final de semana?
‘FORA TEMER’
O coro de ”Fora Temer”, presente em apresentações de alguns artistas e personalidades, fez parte do show durante duas vezes. Pedro Altério, um dos integrantes, limitou-se ao comentário: ”canalha!”.
SETLIST