BLOCOS DE VALORES: ‘Lei da procura’ transforma em gangorra preço de abadá às vésperas do Carnaval
BLOCOS DE VALORES: ‘Lei da procura’ transforma em gangorra preço de abadá às vésperas do Carnaval
A crise econômica mundial provocou impactos em diversos setores. E o Carnaval de Salvador não fica fora desse contexto. Com isso, além da diminuição de alguns blocos na rua, houve também uma mudança nos valores daqueles que sobreviveram e fazem questão de fazer a folia acontecer.
Quem já teve coragem e bala na agulha para desembolsar cerca de R$ 1.000 por apenas um dia de festa, em blocos como Camaleão ou Nana Banana, este ano, vai poder ostentar gastando menos nos circuitos. Isso porque com a baixa de público muitos empresários reajustaram valores de acordo com a procura.
Nos dias atuais, é possível encontrar um preço mais em conta na compra de abadás como é o caso do Vumbora, com o cantor Bell Maques, que custa cerca de R$ 150 na sexta-feira. Mas para quem não abre mão de pular atrás da musa do axé, Ivete Sangalo, pode sair no Coruja, pagando um pouco mais caro, cerca de R$ 650.
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O estudante de enfermagem, Ricardo Araújo, de 23 anos, faz de tudo para aproveitar a maior festa de rua do planeta. Ele conta que curte a folia desde os 12 anos por influência da mãe. “Comecei saindo com minha mãe porque ela é apaixonada por essa festa. Eu sempre compro blocos que são puxados por cantoras, nesse caso é o Coruja, Largadinho, que variam de R$ 500 a R$ 600”, contou.
Foliã a mais de uma década, a professora, Tais Almeida, de 25 anos, gosta de variar entre blocos e camarotes, porém prefere sentir a emoção no chão, bem ao lado do trio. Para ela, as alterações nos valores não pesam no bolso por conta do seu gosto musical.
“Costumo comprar blocos de samba e pagode, mas como eu sempre fico indecisa acabo pagando na hora. Os valores variam de R$ 150 R$ 180, mas isso na quinta e sexta de Carnaval”, disse ela eufórica.
Ainda segundo Taís, a diferenças de preço acontece mais em abadás conhecidos como “Meu e Seu”, da banda Harmonia do Samba. “Essa oscilação de valores acontecem todos os anos, mas é coisa de R$ 10 ou R$ 15”, explicou.
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O Aratu Online mapeou os valores dos principais blocos de Salvador nos últimos três anos. De todos, o Camaleão é o mais caro — elevando o preço em relação aos dois últimos anos (veja gráfico).
Mas houve bloco que teve diminuição de preço. É o caso do Coco Bambu, que tem o cantor cearense Wesley Safadão como puxador. Depois de valorização no ano passado, quando custou R$ 400, caiu para R$ 300. O Alô Inter, do Psirico, manteve o preço congelado nos últimos três anos, enquanto que o ‘Vumbora’ puxado por Bell Marques teve um aumento exponencial: saiu de menos de R$ 300 para R$ 600 (mais que o dobro).
No gráfico abaixo é possível dimensionar o crescimento e diminuição dos blocos nos últimos três anos:
Confira gráfico:
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